A avenida das Bandeiras tem um vai e vem de carros “danado” e dá acesso a vários bairros. Mas é na altura do número 2.500, perto de um ponto de ônibus, que a “engenhoca” se revela. Levi Antônio de Macedo, de 48 anos, desempregado no momento, conta que ali colocou em prática um dos seus maiores sonhos: ter uma casa enorme, construída ao redor de uma árvore e que a faria dormir com o “barulhinho da água” diariamente.
Por mais simples que pareça, é cheia de detalhes e também faz crianças pararem para brincar e ainda recebe a visita de passarinhos. “É a casa que seria a dos meus sonhos mesmo, a que mais se aproxima da perfeição, ao meu ponto de ver. E aí eu comecei a construir aqui, até para dar uma estrutura melhor para esta árvore de cinco metros. Comprei cimento e o restante das coisas é de reciclagem mesmo, daí fui usando toda a criatividade”, argumentou.
Segundo Levi, a construção da miniatura de casa foi pensada colocando um sótão, a casa feita ao redor da árvore, uma escada subindo para o primeiro andar, e outra que leva até o terceiro andar do imóvel, além de toda uma “engenhoca” que reaproveitaria a água da chuva e a faria caminhar ao redor da casa, deixando aquele barulhinho invadir e encher de paz os moradores.
Morando na frente da “engenhoca”, em um imóvel muito mais simples do que o dos sonhos, no Jardim Nhanhá, em Campo Grande, Levi diz que sempre foi sonhador e também teve inspiração nos pais, que sempre deram ensinamentos sobre honestidade, ensinamentos bíblicos e também a mãe, com a paixão por artesanato.
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