Perda da perna foi motivação para Lucyana pescar ainda mais em MS: ‘sensação de liberdade’

Por conta do uso de um medicamento durante tratamento de trombose, a pescadora Lucyana Gutierrez acabou perdendo sua perna direita. Ainda assim, a amputação do membro não se tornou um empecilho para que a moradora de Campo Grande continuasse fazendo o que mais ama: pescar.
Natural de Mato Grosso, Lucyana vive em Campo Grande desde os cinco anos de idade e hoje já é aposentada. Ela conta ao Jornal Midiamax que a pescaria entrou em sua vida há 28 anos, através de seu ex-marido. Ou seja, já são quase três décadas praticando o esporte.
“Me apaixonei e nunca mais parei”, afirma. Para Lucyana, a perda da perna não representou uma limitação, mas sim motivação. Já são oito anos pescando nessa condição e as diferenças foram sim sentidas. Contudo, a aposentada não se intimida.
“Eu perdi minha perna em 2015. Todo começo não é fácil, até você adquirir aceitação… A única coisa que não pegou muito pra mim foi a questão da pescaria. A falta da perna me motivava cada vez mais e o amor pela pesca aumentou”, declara ao MidiaMAIS.

Dificuldade?
Lucyana afirma que não enfrenta problemas para pescar sem a perna amputada. O problema está mesmo em outro setor. “A maior dificuldade ainda, e não só para mim, mas para todas as pessoas com deficiência, é a sociedade, que não é muito inclusiva. Mas, em particular, eu lido muito bem com isso”, declara.
O apoio dos filhos, segundo ela, é fundamental no processo tanto de aceitação, quanto da vivência diária após a amputação. “Meus filhos são minha família, eles super me apoiam em tudo”, comenta.
Inspiração
Agora, a aposentada se prepara para participar da 5ª edição da Pescaria das Patroas, que já se tornou tradicional em Mato Grosso do Sul e acontecerá em setembro. Para as demais pescadoras, Lucyana é uma inspiração.
“Qual é o seu limite? Ela é maravilhosa. Acabou perdendo a perna, mas nada a abalou. Seguiu fazendo tudo o que gosta e lógico que não podia deixar de pescar. Queremos inspirar mais e mais mulheres a serem patroas da sua própria história, sejam aquilo que vocês quiserem e façam aquilo que desejarem”, declara a organização sobre a participante.

“Liberdade”, diz pescadora
Por fim, a moradora de Campo Grande revela que pescar tem um significado importante em sua vida. “A pescaria sempre foi e será muito mais que um lazer para mim, é uma sensação de liberdade, felicidade, prazer e agora superação! Rsrsrs sou pisciana, imagina se eu gosto?”, conclui a pescadora.
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