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Nem só de lendas vive o folclore: Conheça as tradições culturais de Mato Grosso do Sul

No Dia do Folclore, conheça as manifestações culturais que constroem o folclore sul-mato-grossense
Jennifer Ribeiro -
Dia do Folclore
Conheça o folclore sul-mato-grossense. (Renê Carneiro, Saul Schrann, William Terres, Iphan)

Nesta terça-feira, 22 de agosto, todo o Brasil comemora o Dia do Folclore, que nada mais é do que a celebração de um conjunto de manifestações e tradições culturais, responsáveis pela identidade e costume de um povo. também é rico neste gênero da cultura e, neste dia comemorativo, mostraremos para você que o folclore vai muito além de lendas e ditos populares, ele está 100% imerso em nossa rotina.

Folclore sul-mato-grossense

Saci, Iara, Curupira, Boiuna. Quando falamos de folclore, somos automaticamente levados a pensar em lendas, no entanto, ele é muito mais amplo que isso e está ligado às comidas típicas de uma região, às crenças e qualquer manifestação cultural. A Festa São Benedito, Banho de São João, sobá, bori-bori, chamamé, cultura caipira e a linguagem fronteiriça são só alguns exemplos de folclore que podemos associar à cultura sul-mato-grossense, como explica a estudiosa e ativista cultural, Marlei Sigrist.

“Lenda é só uma parte da literatura oral que todas as culturas têm, é a parte mais fantástica, eu diria, mas a gente tem outros aspectos que são muito fortes. Você tem a comida, as danças, as festas populares, as músicas, por exemplo”, explica.

Então, o que caracteriza uma manifestação como folclore? Marlei explica: “O que vai caracterizar é a durabilidade no tempo, passada de uma geração para outra e de uma forma mais espontânea, no dia a dia. Elas são passadas de uma geração para outra e se tornam uma tradição”.

O folclore é feito no dia a dia

Talvez você não saiba, mas, se um dia alguém te passou uma receita natural para curar de uma gripe, falou que ia chover porque um pássaro específico cantarolou, levou você em uma benzedeira ou explicou sobre plantação usando a lua como referência para plantio e colheita, ela estava fazendo folclore. Estes hábitos, normalmente passados, no dia a dia, dos mais velhos para os mais novos, constroem a identidade de um povo, justamente por se tornar tradição na região.

Como exemplo disso, no Estado temos o modo de fazer a viola de cocho. Por exigir conhecimentos muito específicos em sua construção, o ato de produzir o instrumento requer conhecimentos que são possíveis conversando com quem já produz há muito tempo, ou seja, de geração em geração.

“Como é que eles escavam? Como é que eles colocam o tampo da madeira? Como é que eles fazem a cola? Eles fazem, por exemplo, das entranhas do peixe ou então eles pegam umas batatas também gosmentas que servem de cola para eles, né?”, explica a professora.

“Então, são soluções práticas do dia a dia que eles colocam em prática para solucionar aquele conhecimento que eles têm, e assim vai”.

Lendas sul-mato-grossenses

As contações de histórias são as mais popularmente associadas ao folclore, isso porque, desde crianças, estamos habituados a ouvir lendas, contos e mitos crescendo em nosso imaginário.

Em Mato Grosso do Sul, assim como em todas as regiões do Brasil, temos lendas que são passadas de geração em geração. Segundo a Marlei, “mito é aquela figura inicial que você vai encontrar com várias narrativas diferentes. Eles funcionam como limites. Assim como temos na vida real as leis, os mitos funcionam dessa forma em nosso imaginário”.

Conheça alguns:

Minhocão

Famosa lenda pantaneira, o Minhocão é uma gigante com características físicas muito diferentes da serpente que conhecemos, que vive nos rios e vira o barco dos pescadores, para se alimentar.

Diz a lenda que ele costuma viver nas profundezas dos rios entre pontes e caibros, aparecendo, principalmente, em noites de lua cheia.

Homem pé-de-garrafa

Outra lenda conhecida no Estado, o homem pé-de-garrafa é um ser coberto de pelos, que possui apenas um pé, no formato de uma garrafa. Quem diz ter avistado o ser conta que ele assobia bem alto para demarcar seu território e, por ter apenas um pé, salta bem alto para se locomover. Quem cruzava com o caminho da criatura dizia que as marcas no chão eram idênticas ao de um fundo de garrafa.

Mãozão ou Pai do Mato

Outra figura conhecida por cuidar das matas de Mato Grosso do Sul é o Mãozão ou Pai do Mato. Segundo a lenda, ele é um homem de estatura mediana, como um homem comum, mas seu corpo é coberto de pelos. Embora o nome sugira uma mão grande, não é por isso que ele recebe o título. Na verdade, a criatura é conhecida dessa forma por ter uma mão poderosa. Quem é tocado por ela, logo enlouquece.

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