Muita gente não sabe, mas, anualmente, no dia 9 de setembro, é comemorado o Dia do Cachorro-quente, um dos sanduíches mais famosos do mundo. A data foi escolhida como uma homenagem à suposta data em que o lanche foi criado.

Para contar a origem do cachorro-quente como conhecemos hoje, primeiro precisamos falar sobre a origem da salsicha, que continua um grande mistério. Não só isso, mas também é motivo de “contenda” entre dois países que afirmam ser os detentores da criação do embutido.

A primeira versão para a origem da salsicha vem lá da cidade de Frankfurt, na Alemanha. Eles afirmam que a salsicha foi inventada lá, e essa convicção é tão forte, que em 1987, a cidade promoveu um evento em comemoração aos 500 anos da criação, que teria sido em 1484.

Já outras fontes afirmam que o verdadeiro criador da salsicha foi o açougueiro Johann Georghehner, no final do século 17, em Coburg. Ele teria viajado para Frankfurt apenas para divulgar sua ideia e por isso tantas pessoas confundem o local de origem.

Apesar da criação europeia, a popularização da salsicha aconteceu nos Estados Unidos, a partir do trabalho de açougueiros que emigraram para o país. E esse favoritismo aconteceu porque o embutido era muito fácil e prático de comer, além de barato.

E não se sabe ao certo quem teria sido o primeiro a servi-la com o pão, mas acredita-se que a iniciativa tenha sido de um alemão que vendia sanduíches em um carrinho de mão, durante a década de 1860, em Nova York.

Já o hot-dog como conhecemos hoje, foi inicialmente vendido por um comerciante de origem bávara, em uma feira de compras de Louisiana, em 1904. Para que os clientes pudessem comer as salsichas quentes, ele emprestava luvas de algodão, para que não queimassem as mãos. No entanto, muitos esqueciam de devolver e o comerciante ficava no prejuízo.

Foi quando ele decidiu pedir ao seu cunhado, que era padeiro, para que fizesse um novo tipo de pão que pudesse acomodar a salsicha e o molho.

O cachorro-quente caiu no gosto dos brasileiros

Aqui no Brasil, o cachorro-quente se popularizou após a Segunda Guerra Mundial, quando o país começou a sofrer uma grande influência da cultura norte-americana. E é claro que os brasileiros não deixariam de dar a “sua cara” para o sanduíche, tanto que, em cada região do país, o lanche é feito de maneira diferente.

Se nos Estados Unidos ele é vendido com salsicha, molho agridoce e picles, no Brasil, o céu é o limite. Saladas, carnes variadas, molhos, cebola, milho e purê… As possibilidades são infinitas.

Por isso, o Jornal Midiamax foi atrás de algumas opções de cachorro-quente “diferentonas”, que acrescentam ingredientes impensáveis, mas que rendem um sanduíche delicioso.

Cachorro-quente doce, dá bom?

Em Campo Grande, a dogueria Deu Bom iniciou suas vendas em 2019, com um carrinho que ficava em frente a um supermercado. Em apenas 6 meses, as demandas cresceram tão rapidamente, que os empresários decidiram se mudar para um ponto fixo no bairro Los Angeles. A aceitação foi grande e a clientela não parava de aumentar e, depois de apenas 1 ano, os proprietários decidiram mudar novamente, desta vez para um ponto mais central. A região escolhida foi a da Avenida Júlio de Castilho, onde estão há 1 ano e 7 meses.

Na dogueria, eles trabalham com o hot-dog gourmet prensado e oferecem um extenso cardápio com opções variadas de recheios. Como os proprietários são paulistas, é claro que não podia faltar uma versão do cachorro-quente com purê de batata. Segundo Luana, uma das responsáveis pela dogueria, os lanches mais pedidos são o Master Chef, que inclui salsicha frita na chapa, carne moída, muçarela, bacon, rúcula, batata palha, molho e, claro, a finalização na chapa.

Outra opção com muita saída, segundo a proprietária, é o DB Duplo Especial, que leva 2 salsichas fritas na chapa, purê de batata, milho, vinagrete, cheddar, batata palha, molho e a finalização de chapa.

Mas, o que chama a atenção e é um dos diferenciais do cardápio, é o cachorro-quente Tentação. Com pão prensado, leite condensado, muito chocolate e pedaços de morango, a versão doce vem para “fechar” o paladar após a refeição.

Com nomes de raça de cachorro, dogueria se garante com sabor de mãe

O Sabor de Mãe, que também é uma empresa familiar, começou na pandemia, quando o filho do proprietário, Wilson, decidiu investir nas receitas e montagens dos lanches. Em pouco tempo, a dogueria se tornou um sucesso e, hoje, quem administra a empresa é Wilson e sua esposa.

Como diferencial, eles decidiram criar 10 opções de hot-dog de 23cm, todas com nomes de raças de cachorro. São eles: labrador, buldogue, pinscher, bull terrie, chow chow, pug, pit bull, vira-lata, poodle e shitzu.

Entre os mais vendidos está o labrador, que leva pão artesanal, salsicha, creme de bacon, molho de tomate caseiro, muçarela flambada, acabamento de bacon tostado, além de batata chips.

A dogueria conta também com opções de calabresa, tomate e rúcula e até pimenta biquinho.