É culpa do estagiário? Os perrengues de quem está começando a carreira em Campo Grande
No Dia do Estagiário, os profissionais que entraram há pouco no mercado de trabalho compartilham as experiências
Jennifer Ribeiro –
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Nesta sexta-feira (18) é comemorado o Dia do Estagiário, que é o profissional em início de carreira que se desdobra para conciliar os estudos com o trabalho. E quem já foi estagiário sabe que esse momento da vida rende muita história e perrengue. Por isso, vamos compartilhar causos de quem está vivendo a experiência atualmente.
Júlia Mendes Massoud, de 19 anos, está no 4º semestre de Publicidade e Propaganda e contou uma experiência que viveu em seu primeiro estágio, que também foi sua primeira experiência no mercado de trabalho. Na empresa, que é uma imobiliária, ela atua como social media.
A jovem lembra que no começo foi difícil, porque precisou aprender sobre o ramo imobiliário, para conseguir produzir os conteúdos e manter as redes sociais atualizadas.
“Uma vez tive que fazer uma arte de ‘estamos contratando’ para auxiliar administrativo, pois a responsável havia se demitido”, conta.
Publicação feita, após algumas semanas solicitaram para que ela fizesse uma nova arte de contratação, dessa vez uma vaga para corretores.
“Acontece que salvei o nome do arquivo de apenas ‘estamos contratando’, e acabei postando outra vez a arte de ‘estamos contratando auxiliar administrativo’, sem querer”, explica. “No dia seguinte, cheguei e todos os funcionários da área administrativa estavam entrando em colapso, porque com esse post, acharam que alguém seria demitido”, conta.
“Tinha gente chorando, surtando. Cheguei e falei que postei errado, quase me ‘esganaram’ por tirar o sono e a paz de cada um”, relembra.
Perrengues no estágio
Já um estudante de Jornalismo, que está no 6º semestre do curso, não teve uma experiência tão tranquila no estágio.
O jovem conta que fez estágio em uma emissora de TV, também no cargo de mídia social, no entanto, a relação com um dos colaboradores da empresa não foi tão positiva.
“Bem, esse apresentador de TV, que era chefe de todo mundo ali, ele era bem tóxico e zero humilde com os funcionários, principalmente os estagiários da redação da TV”, declara.
“Ao mínimo erro, até mesmo uma coisa de escrita ou outra, ainda mais se vinha de estagiário, esse apresentador falava que essa pessoa era ‘incompetente’, ‘não sabia fazer jornalismo’ e até ameaçava de demissão. Era uma relação baseada no medo, ameaças e insultos”, explica.
O estudante afirma ainda que, durante o estágio, ele teve dois problemas de saúde e precisou se afastar por 15 dias do trabalho, o que acabou resultando em sua demissão.
“Tive que ir em UPA duas vezes naquele mês e, no outro dia que fui trabalhar, me chamaram pra conversar e dizer que seria desligado diante de ‘tanta falta’”, conta. Ele afirma ainda que aceitou o desligamento sem contestar e nunca mais voltou.
O caos da cafeteira
Beatriz tem 23 anos e também cursa Jornalismo. O seu perrengue de estágio começou logo no dia da entrevista da vaga. Ela conta que a empresa de publicidade em que estava se candidatando havia mudado de endereço, no entanto, o contratante não havia informado.
“Era um dia chuvoso, eu mandei mensagem pra ele, porque era muito parecido o lugar que ele falou. Era um prédio, com uma salinha, logo na frente de um prédio, com interfone. Quando eu cheguei lá, tinha uma salinha, inclusive uma pessoa lá dentro”, explica.
Como a descrição do edifício passada para ela era muito parecida, ela tinha certeza que estava no lugar certo.
“Eu entrei e falei pra ele que não estava vendo ninguém. E ele questionou, explicou que não estava me vendo e eu coloquei no Google maps o endereço”, explica.
Foi quando ele perguntou em qual endereço ela estava e os dois perceberam que a jovem estava no prédio em que a empresa ficava anteriormente.
Como o edifício correto era perto, ela conseguiu fazer a entrevista e, felizmente, foi contratada.
Mas, mal sabia Beatriz que aquele não seria seu último perrengue na empresa. Ela conta que na agência tem uma cafeteira em que os funcionários se dividem para fazer o café durante o dia. Como ela também consome, achou por bem aprender a fazer para dividir a tarefa com os colegas.
“Fui fazer o cafezinho pra todo mundo ficar feliz, mas coloquei os grãos de café no lugar errado”, explica.
“A cafeteira começou a desligar e não funcionou mais. Eu coloquei o grão no lugar que coloca o pó e acabou estragando, e era uma cafeteira cara”, lembra.
Ela explica que no final ficou tudo bem, o técnico foi chamado e avisou que daria para recuperar a máquina.
“Já comecei [o estágio] assim. Todo mundo ficou me zoando, falando que eu teria que pagar. Eu fiquei muito preocupada, quase chorei, mas graças a Deus deu pra arrumar. Pensa, estava todo mundo sorrindo, quando viu que ia ficar sem café, todo mundo ficou triste”, conta.
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