Diretora do Bioparque Pantanal se manifesta após sucuri ser xingada de ‘vaca’ e fala em respeito

“Aqui, o instinto e a vontade dos animais são respeitados”, avisa diretora-geral do Bioparque Pantanal depois que campo-grandenses se irritaram com sucuri

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Depois da repercussão, a diretora Maria Fernanda Balestieri publicou um vídeo observando Gaby em seu tanque – (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Preocupada com a sucuri do Bioparque Pantanal, após moradores de Campo Grande se irritarem com a cobra, a diretora-geral do complexo onde habita a serpente se manifestou em suas redes sociais nesta quarta-feira (25) e frisou a importância do respeito aos animais.

É que o fato da sucuri ter aparecido apenas para alguns visitantes e interagido com a população em um dia atípico causou a maior ciumeira em Campo Grande. Quem não teve a mesma sorte criticou a sucuri.

Depois da repercussão, a diretora Maria Fernanda Balestieri publicou um vídeo observando Gaby em seu tanque e escreveu sobre a gravação, mandando um recado para os irritados porque a cobra nem sempre aparece.

“Adotando o conceito e as melhores práticas dos considerados bons zoológicos e aquários no Bioparque Pantanal, antes mesmo do lazer, prezamos pela saúde e bem-estar dos nossos animais. Aqui, o instinto e a vontade dos animais são respeitados”, avisou ela.

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Sucuri do Bioparque foi chamada até de “vaca”

Antes disso, chateados por nunca terem conseguido ver a sucuri Gaby quando visitaram o Bioparque Pantanal, moradores de Campo Grande detonaram a cobra e os comentários deram o que falar.

“Ontem fui lá e ela só escondida, bicha sem graça”, “Eu fui lá 2 vezes. Uma ela estava escondida e a outra estava enrolada”, foram algumas das reações. E o descontentamento não para por aí. Até ofensas foram proferidas para a pobre Gaby.

“Fui duas vezes e essa vaca não apareceu”, “Eu não consegui ver, ela estava escondida no tronco”, “Quando fui ela se escondeu” e “Vi muita criança batendo nos vidros… nossa! Todo lado vi isso, não fiquei muito tempo lá dentro. Me senti incomodada e já fui embora logo”, relataram mais moradores de Campo Grande.

Sucuri do Bioparque Pantanal

Da espécie sucuri-verde (Eunectes murinus), Gaby tem em torno de 3 metros de comprimento e veio de um local de preservação da fauna do Pará. Conforme o biólogo Allyson Favero, a serpente foi resgatada com ferimentos ainda bem jovem.

“Ela chegou com alguns machucados, provavelmente foi capturada. Teve os primeiros atendimentos e criaram ela [no Pará], já que provavelmente não tinha capacidade de voltar a natureza”, diz. Mas, por ser criada com a presença humana, fazer seu manejo não é uma tarefa difícil. “[…] ela é bem calma, não se assusta com a presença de pessoas”, conta o biólogo.

Segundo o Bioparque, essa espécie de sucuri é a maior serpente do mundo em volume corporal, podendo ultrapassar os 6 metros. Sua expectativa de vida é de 10 anos em ambiente natural e de 30 anos em cativeiro.

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