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MidiaMAIS

Depois de 35 anos, Eder voltou a Campo Grande para sonho de viver na roça e vender pamonha de 1kg

Amor e trabalho ancoram o pequeno produtor após anos distante da Capital
Karina Campos -
Produção feita com trabalho na roça (Foto: Arquivo Pessoal)

Quase um peregrino e vivendo seguindo o rumo que aparecida, Eder Moreira, de 46 anos, saiu de Campo Grande em 1988, ainda menino para morar em diversos estados. Entre idas e vindas, depois de 35 anos, decidiu voltar para Campo Grande de vez em dedicação à vida na roça e vendendo os frutos do mato, como pamonha de quase um quilo.

Quando ainda criança, Eder morou em Goiânia, por volta de 1988, seguindo para morar com os avós depois dos pais se separaram, em 1989. Chegou a retornar em 1995 para a cidade natal, mas se casou e voltou para . Em 2019, mudou os planos e passou a trabalhar como motorista de aplicativo, dessa vez em Florianópolis.

“Viajei muito, mas sempre gostei da roça. Meus avós tinham uma chácara em , lá eu aprendia, olhava eles fazendo pamonha. Reencontrei minha atual esposa pelo Facebook, nos conhecemos quando éramos adolescentes. Ela viúva e eu divorciado, decidimos nos casar, quando voltei para Campo Grande e queria viver da roça”.

Eder diz que tem poucas fotos de toda produção, conta que está começando agora com objetivo de fazer o fruto da roça rentável. Ele garante que estava “cansadíssimo da cidade”, preferindo a tranquilidade da área rural. A produção da pamonha é feita na casa da mãe, no bairro Guanandi, e a colheita no Jiboia, em Sidrolândia.

“Começamos agora trazendo tudo. Carrego a caminhonete com mandioca, milho, banana. Todo começo é difícil e devagar, um dia corremos depois de cair tentando andar. O meu sucesso é viver no mato e agregar valores, que não é muito, mas também não quero ficar rico, quero viver do meu trabalho”.

O amor mudou tudo

A rotina acelerada da cidade fez Eder mudar todos os planos para viver ao lado da esposa. Ele sofreu acidentes no passado, consequentemente, tem algumas sequelas, por isso, prefere a calmaria.

“É um trabalho totalmente amador, por enquanto, está só eu e minha esposa. Projetos tenho muitos, mas a realização virá com o tempo e com o que almejo, sucesso e paz. Minha esposa é pensionista, meu pilar e me ajuda muito”.

O anúncio da pamonha de quase um quilo chama a atenção. A mistura pode ser usada como base de cural e bolos. Além do produto mais visado, Eder adianta que traz tudo fresco para os clientes que aborda, como mandioca, ponkan e banana. A propaganda é feita no que chama de “vitrine rural”, um grupo de que oferta os orgânicos à pronta entrega.

“Eu chego, digo com o que trabalho e se aceita coloco na vitrine. Eu posto e a pessoa vai no meu privado pedir. Como eu disse, não quero ficar rico, as coisas não são caras, e trago as coisas frescas. Assim vou levando a vida”.

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