A oficina de fotografia para os militares que atuam no Forte Coimbra, em Corumbá, mais precisamente no Pantanal do Nabileque, como é conhecida a região, envolveria alguns dias de descoberta para eles, suas esposas e familiares que fossem prestigiar o curso. Mas, diante de tanta beleza, o cenário também se tornou poético para o fotógrafo de natureza Bolivar Porto, de 67 anos.

Presente na região durante alguns dias, ficou sabendo de histórias peculiares, como a de um casal de corujas suindaras que, diariamente e pontualmente, apareciam na janela para serem contemplados pelos militares do Forte Coimbra.

Aves flagradas no Pantanal de MS (Bolivar Porto, Arquivo Pessoal)
Aves flagradas no Pantanal de MS (Bolivar Porto, Arquivo Pessoal)

“E são realmente animais típicos de campanários, buracos, cavernas e prédios, então, neste sentido, o Forte Coimbra se torna muito adequado para elas. Dava o horário marcado e elas apareciam, sempre pousando nos mesmos galhos”, afirmou Bolivar.

Ao todo, Bolivar fala que são cerca de três décadas colecionando fotografias de natureza no Estado. “Essas fotos foram tiradas tanto ali no Forte Coimbra quanto em Porto Murtinho. É uma viagem que, tanto na ida quanto na volta, renderam belas imagens. O meu foco nunca foi a espécie e sim a imagem poética em si. Eu sempre digo que não sou observador de aves e sim um fotógrafo de natureza e admirador destas aves”, finalizou.

Aves flagradas no Pantanal de MS (Bolivar Porto, Arquivo Pessoal)
Aves flagradas no Pantanal de MS (Bolivar Porto, Arquivo Pessoal)

Nesta semana, após retornar de Corumbá, o fotógrafo diz que está ministrando outra oficina em uma comunidade quilombola, na zona rural de Campo Grande. Neste trajeto, diz que pretende fazer novos registros da fauna e flora sul-mato-grossense.

Aves flagradas no Pantanal de MS (Bolivar Porto, Arquivo Pessoal)
Aves flagradas no Pantanal de MS (Bolivar Porto, Arquivo Pessoal)