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Comandada por mulher, bateria de escola de samba inicia jovens na percussão em Campo Grande

Bateria tem mais de 50 membros atualmente, diz mestre, entre pessoas jovens e mais experientes
Cassia Modena -
Bateria ganhou o troféu Estandarte de Ouro em 2022 (Foto: Divulgação/Filhos de Jorge)

A bateria Filhos de Jorge, da escola de samba campo-grandense Deixa Falar, vai apresentar neste carnaval uma nova safra de ritmistas. São pessoas como Bruna Gabrielly, 22, que sempre sonharam fazer parte de uma agremiação e se desafiaram a aprender do zero algum instrumento de percussão.

Bruna aparece ao centro, abaixada, em meio aos amigos que fez na bateria (Foto: acervo pessoal)

A jovem é auxiliar administrativa e dedica as horas vagas aos ensaios da bateria desde o início deste ano. Ela estava aprendendo violão e nunca havia tido contato com um instrumento presente no carnaval, embora seja fascinada pela energia do samba desde criança. “Ter entrado para a Deixa Falar neste ano foi algo que me deixou muito feliz por eu estar no processo de me desenvolver musicalmente. Acredito que vou aprender muito com essa experiência”.

O chocalho foi o instrumento escolhido. “Parece ser fácil, mas não é. Aprendi que ele tem uma importância fundamental no samba-enredo. Quando todos os ritmistas estão alinhados, esse instrumento é o tempero do som”, explica Bruna.

O que fez a ritmista decidir fazer parte da agremiação foi o acolhimento que recebeu dos colegas de escola e a inspiração vinda de Nayara Thomaz, primeira mulher mestre de bateria em Mato Grosso do Sul. Ela se considera parte de uma família. “Essa escola é puro amor e coletividade”, define.

Novato já viu escola ser bi e tricampeã do carnaval

“Lugar de paz e de esquecer os problemas”, diz o Gabriel da Silva, 21, sobre a Deixa Falar, da qual também é membro desde 2020. No ano em que ingressou, acompanhou o bicampeonato da agremiação no desfile das escolas de samba de e, em 2022, participou da conquista do tricampeonato.

Gabriel veio de atlética da e viu escola ser campeã duas vezes (Foto: acervo pessoal)

Gabriel chegou à escola depois de tocar na bateria da atlética da faculdade. De carnaval ele já gostava muito, então não foi difícil se adaptar a Filhos de Jorge. “Provavelmente não saio nunca mais do meio”, fala.

Assim como Bruna, o estudante toca chocalho. Outros integrantes se encarregam de tocar instrumentos como surdo, repique, caixa, cuíca, tamborim e ganzá, por exemplo.

Mulher à frente e mais ritmistas

Nayara Thomaz está fazendo história à frente da Filhos de Jorge e tem inspirado jovens como Bruna. Em 2022, a bateria comandada pela mestre ganhou o troféu de Estandarte de Ouro 2022 em Campo Grande.

“Diferente de anos anteriores, a bateria tem recebido um número significativo de jovens ritmistas que estão se dedicando e colocando seu talento em jogo. Alguns vieram crus, mas tinham vontade de aprender e nós fomos ensinando”, confirma. Nayara afirma que o número de membros da Filhos de Jorge cresceu de 35 em 2022 para mais de 50 neste ano.

Diretores da bateria Filhos de Jorge. Nayara é a terceira da esquerda para a direita (Foto: acervo pessoal)

Pessoas mais velhas também fazem parte da bateria, acrescenta Nayara. “A gente mescla a juventude com as pessoas mais experientes e seus filhos, e o resultado é muito bom. Temos condições de sermos campeões novamente”, finaliza.

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