Neste sábado (28), Campo Grande recebe, pela segunda vez no mês, a cantora e compositora, Adriana Calcanhotto. Desta vez, a artista traz à cidade sua turnê ‘Errante’, com 11 composições inéditas do seu novo álbum, além dos maiores sucessos de sua carreira.

O Jornal Midiamax conversou com Adriana Calcanhotto sobre seu trabalho mais recente, projetos para 2024 e expectativa para o show na capital sul-mato-grossense. Confira.

Durante o ano de 2020 você lançou vários singles e o álbum ‘Só’, que foi um retrato teu da pandemia. Já o álbum ‘Errante’ conta com um repertório autoral gravado em 2021, ano em que o nosso cenário ainda era pandêmico. As músicas exploram mais das suas reflexões dessa época ou de outros momentos?

O repertório do álbum ‘Só’ são canções que eu compus durante a pandemia, sobre a pandemia. Mas as canções do ‘Errante’ são canções que eu já tinha, são canções que eu tinha feito aqui, ali… Era material de compositora inédito. Ali no final de 2021, com todos os protocolos de segurança e todos vacinados, dava pra gravar. Eu tinha essas canções e resolvi registrar.

Nas músicas de ‘Errante’ você aborda diversos temas como amor, raça, diferença de idade, pertencimento e empresta pensamentos e citações de figuras importantíssimas para o universo artístico. Como foi selecionar o que entraria ou não nesse álbum? Alguma composição ficou de fora?

Ficaram algumas canções de fora. Eu tinha 18 canções, gravei as 18, mas não quer dizer que as 18 estivessem no mesmo nível de acabamento, de leitura… Algumas eram mais novas e algumas já estavam guardadas há muito tempo. Então eu gravei as 18 com a banda e depois eu fiquei um tempo escutando. Eu não tinha prazo, não tinha expectativa de ficar pronto, com pressão. Então eu fiquei com elas gravadas e com o tempo elas foram naturalmente caindo e eu fiquei só com aquelas que eu fui entendendo também os recortes que elas tinham, que era da errância.

Como tem sido a experiência de rodar o Brasil com seu novo projeto? Pra você, o que difere essa turnê de todas as outras?

Uma coisa que difere é que é uma turnê pós-pandemia. Isso difere porque a gente passou por essa coisa terrível de isolamento e nós, pessoas de palco, técnicos, essas pessoas viveram grandes dificuldades durante a pandemia, com momentos de quase total desesperança. Então por isso é interessante voltar para o palco. Pra mim, pessoalmente e musicalmente, é a primeira vez que toco com uma timbragem nesse naipe, com sopros. É uma experiência nova e muito interessante. Tenho me perguntado por que eu não fiz isso antes e está sendo uma delícia.

E até quando você estará em turnê?

Não sei te dizer. A gente está gostando de estar na estrada e a turnê está aberta.

Você já tem outros projetos previstos para depois da turnê? Quais são seus planos?

Eu volto pra Coimbra no ano que vem, passo um bimestre lá, mas não muita mais que isso. E isso não quer dizer que a turnê termine por causa do meu retorno. Ela não tem um prazo para acabar.

Você esteve em Campo Grande recentemente participando da 35ª Noite da Poesia e foi uma oportunidade de quem admira seu trabalho conhecer, de forma intimista, um outro lado seu, como pessoa e como artista. Como foi essa experiência?

Foi muito interessante. É sempre muito bom conversar sobre poesia. As pessoas estavam muito interessadas, então foi uma noite muito bacana.

E quais são suas expectativas para o show no fim de semana?

Eu estava agora pensando que devia ser sempre assim. Todo show a gente devia ir um pouco antes, conversar sobre música e poesia. Faz muito tempo que eu não vou em Campo Grande cantar, acho que vai ser muito bom.

Informações do show

O show de Adriana Calcanhotto acontece no dia 28 de outubro, no Bosque Expo, espaço de eventos do Shopping Bosque dos Ipês, que fica na Av. Cônsul Assaf Trad, 4796 – Parque dos Novos Estados. Os ingressos já estão disponíveis no site, é só clicar aqui.