Cantor e professor sul-mato-grossense, Leo Britts, de 28 anos, bateu na trave do BBB por duas vezes. Sim, em duas ocasiões, o campo-grandense chegou perto de entrar na casa mais vigiada do Brasil e estava crente que estaria no elenco de 2023, mas, novamente, após diversas seletivas, ele não conseguiu uma vaga no reality show da TV Globo.

“Aconteceu em 2014 e esse ano aconteceu de novo. Em 2014, foi por meio de um olheiro. Eu ia muito para baladinhas e aí um rapaz me chamou para as seletivas do Big Brother. Achei que ia entrar, passei em algumas etapas, mas não entrei aquele ano. E esse ano aconteceu de eu passar em três seletivas, achei que estaria desta vez, estava esperando a confirmação, mas não veio”, detalha Leo em conversa com o Jornal Midiamax.

“Passou o tempo, foi chegando janeiro, e não deu certo. Eu tava confiante pra entrar, seria o maior impulso, minha maior oportunidade”, pontua o cantor, que é cheio de sonhos.

“Não vi o e-mail e perdi”, conta campo-grandense sobre vaga no BBB

Antes disso, há 9 anos, na primeira tentativa, um e-mail não aberto atrapalhou o percurso.

“Eu não olhei a caixa de spam, um segundo e-mail, que era pra eu ir pra Goiânia. E aí eu não fui, perdi a data. Tava no segundo ano de faculdade, fui numa balada onde um olheiro me viu e disse que mandaria um e-mail convocando para a seletiva. Fui lá, fiz, e a segunda seletiva que eu tinha passado, eles mandaram outro e-mail, só que foi para o spam. E eu não verifiquei, perdi a seletiva”, relembra ele ao MidiaMAIS.

Tempos depois, uma nova oportunidade surgiu, levantando a esperança do professor. “Aí esse ano [2022] rolou. Eu fui pra Goiânia, conheci a produção, os psicólogos, passei por três fases. Creio que só faltou a última, que eles chamam de ‘cadeira elétrica’, mas não me chamaram”, diz ele.

Seletivas do BBB

De acordo com Leo, a tal fase “cadeira elétrica” é o tempo de uma semana para o candidato gravar sua rotina e mandar os vídeos para a produção. “Pelo o que eu conversei com alguns candidatos que estavam ali é isso, e depois já vem a entrevista direta, com quem escolhe”, comenta o cantor.

Leo detalha ainda que a equipe pergunta tudo sobre a vida pessoal de quem quer uma vaga, como lidam com o sonho e a carreira, etc. O Campo-grandense acrescenta que, na última etapa, realizada em Goiânia, participou de dinâmicas com um grupo de aproximadamente 10 pessoas. “Lá foi aberto, não teve pergunta pessoal. Foram três dinâmicas com todo mundo”, completa ele.

Leo é professor de geografia e cantor em Campo Grande

Formado em Educação Física, Leo vai completar 8 anos de carreira na música, que começou, inclusive, durante a faculdade. Ele cantava de forma amadora em festas com os amigos, que o incentivaram a se profissionalizar como cantor. E deu certo.

Empolgado com o lado artístico, Leo então descobriu o talento para a música e passou a investir na profissão. Antes, não sabia tocar nenhum instrumento, mas tratou logo de aprender o violão e entrou para o mundo sertanejo.

Só que, em 8 anos, a carreira não deslanchou tanto como ele esperava, e o sonho segue firme. “Pra você chegar num barzinho, um local bem conceituado, é muito difícil. A falta de espaço acontece. Você precisa ter uma certa proximidade com alguém que te conheça ou fale de você e te consiga colocar no campo de visão dos contratantes”, pontua.

“Acredito que poderia haver mais investimentos, ceder mais espaço pra gente que é daqui da região e que tem uma carreira. Às vezes a gente passa por momentos difíceis, tem mês que tem muita coisa e tem mês que não tem quase nada”, comenta Leo.

“Sou independente”

Por isso, Leo Britts sempre está em busca de investidores. Agora, em parceria com o produtor do cantor Loubet e de um estúdio de renome, ele prepara o lançamento de um DVD.

“O problema é que hoje eu sou independente. Ainda não tem um grande investidor por trás, aí a gente pensa num projeto, coloca no papel e corre atrás de parceiros, pra ver se a gente tem alguma ajuda pra poder desenvolver, mas é bem difícil”, destaca.

Com a instabilidade da carreira musical, depois que concluiu o curso de Educação Física, Leo fez outra faculdade. Se formou em Geografia e atualmente leciona nessa área em Campo Grande, para alunos dos ensinos médio e fundamental.

“Não deixo de trabalhar pra viver o sonho. Eu dou aula pra poder me mantar, pagar as contas, e manter o sonho do trabalho vivo. Tento não misturar as duas carreiras, mas se não fossem as minhas aulas hoje, eu não teria como viver só da música”, dispara.

BBB fica para a próxima

Leo também compõe e tem algumas músicas registradas. Dentre elas, ele destaca “Botequim”. Enquanto o sonho do BBB não se realiza, o professor continua na batalha para ganhar cada vez mais espaço no cenário da música regional.

Vale ressaltar que a 23ª temporada a do Big Brother Brasil estreia nesta segunda-feira (16) e é a sexta temporada seguida da qual um sul-mato-grossense não participa. São 6 anos sem Mato Grosso do Sul no maior reality do país, e o último a representar o Estado no programa foi Ilmar Renato, o Mamão, no BBB 17.

Tanto para Leo, que tinha certeza que estaria dentro deste, quanto para MS, que não pinta na telinha desde 2017, o BBB fica para uma próxima.

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