A gafe de Tony Ramos que irritou os sul-mato-grossenses: ‘avisa pra ele’

“Alguém avisa?”. Atentos a cada detalhe da representação de Mato Grosso do Sul na novela “Terra e Paixão”, sul-mato-grossenses não perdoaram e repreenderam o ator Tony Ramos nas redes sociais. É que, quando aparece em cena como o personagem Antônio La Selva no folhetim ambientado em MS, Tony Ramos tem cometido algumas gafes aos olhos de quem vive no Estado ou pelo menos conhece a cultura local.

Sem ter como mandar o recado na lata, moradores insatisfeitos encontraram por meio da internet um jeito de dar um “aviso” daqueles para o ator. Mas, afinal, o que ele fez? Na realidade, foram duas atitudes de Tony Ramos que incomodaram os sul-mato-grossenses: uma está atrelada à forma como ele toma tereré em suas cenas e a outra com a pronúncia do nome da bebida.

“Tereré e não tererê”

O primeiro descontentamento ganhou espaço na web quando Antônio La Selva soltou um sonoro “tomando meu tererê” na novela da Globo. É sabido que, dependendo da região do Brasil, a pronúncia da palavra “tereré” sofre variações, e vale ressaltar que Tony Ramos é natural do Estado do Paraná, onde predominantemente a população costuma dizer “tererê”.

“Erro GRAVE na atuação é interpretar um sul-mato-grossense e soltar um ‘tomando meu tererê’. Nãooooo, Tony Ramos, é tererÉ”, comentou uma interneuta. “Tererê não, Tony Ramosssss… É tererééééé”, repetiu outra, tentando ensinar o veterano.

“Se fosse aqui, já teria levado um pito”

Alguns capítulos depois, o personagem de Tony Ramos passou a pronunciar a palavra “tereré” da forma como os sul-mato-grossenses fazem, mas se engana quem pensa que o descontentamento parou por aí. A partir de então, os internautas de MS começaram a se manifestar sobre a forma como o ator consome a bebida em cena.

“Tony Ramos, por favor, para de mexer a bomba do tereré, homem. Se fosse aqui você já teria levado um pitão na nuca por ficar mexendo na bomba. A não ser que seja uma característica para demarcar a ruindade do seu personagem em Terra e Paixão”, disparou uma sul-mato-grossense, como se estivesse falando diretamente com o ator.

E mais comentários endossaram a indignação. “Meu Deus, que agonia do Antônio La Selva mexendo no tereré enquanto toma. Onde aprenderam que se toma assim?”, “Ninguém mexe na bomba de tereré assim”, “Avisa para o Tony Ramos que não pode sacudir a bomba do tereré, pelo amor de Deus!! Não é chá não, senhor!!”, foram algumas opiniões.

As declarações de Tony Ramos sobre Mato Grosso do Sul, incluindo o tereré

Vivendo o vilão Antônio La Selva em “Terra e Paixão”, novela das nove da TV Globo ambientada em Mato Grosso do Sul, o ator Tony Ramos passou um período no Estado gravando sequências externas para o folhetim. Não só ele, como Glória Pires, Bárbara Reis, Cauã Reymond e outras estrelas que protagonizam a trama.

Só que pouco se sabe a respeito das impressões do veterano sobre MS. Por isso, diante da curiosidade dos sul-mato-grossenses, o ator respondeu a alguns questionamentos do Jornal Midiamax e comentou um pouquinho das experiências vivenciadas nas regiões de Dourados e Deodápolis.

Tereré para Tony Ramos

Primeiro, em relação ao tereré, Tony afirmou que não só tomou em Mato Grosso do Sul, como também consome a bebida típica de MS no set de “Terra e Paixão”. Contudo, o artista garantiu que o contato com a tradição não representou novidade alguma.

“Eu já conhecia o tereré, conheço muito o chimarrão, conheço muito esse Brasil, então nada me é estranho. Pelo contrário, é o reencontro de prazeres bons”, garante o intérprete do vilão da novela.

Natural de Arapongas, no Paraná, Tony realmente deve ter passeado por essas culturas, já que seu Estado de origem também é adepto do tereré e do chimarrão, além de se localizar em uma área estratégica, que liga o sudeste, o sul e o centro-oeste do Brasil, englobando assim costumes diversos.

“Desafio” e leitoa

Além do tereré, Tony também comentou sobre o “desafio” dos dias em Mato Grosso do Sul. “Foi muito legal, passei um mês gravando cenas fundamentais para minha personagem para a novela. E foi muito importante para a Bárbara, o Cauã, o Johnny, a Glorinha”, pontuou.

“Esse núcleo [principal] todo tinha que enfrentar desafios novos, que eu falava lá entre nós: ‘gente, não é desafio, é luta, é estímulo, são estímulos novos’. O Walcyr está muito inspirado”, disse o artista, mencionando o autor da obra, Walcyr Carrasco.

Por fim, ele deu sua opinião a respeito de um episódio da estadia em MS que ficou marcado para os sul-mato-grossenses: quando comeu uma leitoa assada no tambor na fazenda Annalu, em Deodápolis. Naquela data, Tony Ramos e a equipe da TV Globo foram recebidos com um almoço farto.

Imagens compartilhadas por moradores mostravam o veterano de 74 anos “batendo um pratão”. Mas, será que essa leitoa estava realmente boa? Perguntamos a Tony, que respondeu de forma breve: “Houve um dia que teve uma leitoa. Leitão é bom sempre”, encerrou ele.

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