Xeque-mate: colecionador de 160 jogos de tabuleiro, Fábio quer expandir paixão em Campo Grande
Dono de um vasto acervo de jogos de tabuleiro, ele vai disseminar a tradição para mais casas da Capital
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Quem nunca jogou Xadrez ou Damas na vida, que atire a primeira pedra. Os jogos de tabuleiro não são novidade para ninguém, mas, para algumas pessoas, eles ficaram marcados de uma forma muito positiva. É o caso do engenheiro Fábio Luís Vieira Soares, 31 anos. Casado e pai de primeira viagem, ele tem uma coleção de 160 jogos de tabuleiro em casa. Apaixonado pela modalidade, ele decidiu, então, expandir o hobby com um novo negócio em Campo Grande.
A paixão pelos games começou quando ele ainda era uma criança. Com quatro irmãos, a mãe de Fábio sempre incentivou brincadeiras e jogos educativos na criação. Em cima da mesa, não podiam faltar War, Jogo da Vida e, claro, o famoso Banco Imobiliário.
“O primeiro jogo que me recordo foi uma cópia do War do meu pai, que ele comprou na sua infância, hoje possui mais de 50 anos”, lembra o engenheiro, emocionado, ao MidiaMAIS.
Como tudo começou
Imagina o cenário: cinco crianças que cresceram longe das redes sociais e sempre tinham a companhia uma da outra para brincar. A diversão era certa. Filho de pais colecionadores, Fábio adotou o costume de preservar a história desde cedo.
“Brinco que venho de uma família de colecionistas, a casa dos meus pais é quase um museu, eu possuo coleção de copos de cerveja do mundo todo, discos de vinil e jogos de tabuleiro. O primeiro Jogo de Tabuleiro Moderno que joguei se chama Puerto Rico, um jogo aclamado que ficou anos considerado o melhor jogo do mundo pela comunidade, eu o tenho e jogo até hoje”, diz ele, orgulhoso.
Foi a partir disso que Fábio passou a experimentar jogos diferentes, a pesquisar na Internet o assunto e descobrir cada vez mais sobre esse amplo universo. Com certa idade, começou a investir em diferentes jogos de tabuleiro até montar uma grande coleção, que hoje passa dos 160 jogos. Atualmente, o seu preferido é o ‘Trajan’, ambientado no Império Romano, feito pelo designer Stefan Feld.
Hora de abrir a coleção
Pai de primeira viagem e com uma filha pequena, Fábio revela que não tem tempo de se dedicar aos jogos como gostaria. Assim, sua coleção ficou muito tempo parada. Foi dessa forma que ele teve a ideia de expandir essa paixão para a casa de outras pessoas com um novo negócio: alugar seus jogos de tabuleiro para os campo-grandenses também.
“Pensei que não seria justo deixá-los [jogos] parados enquanto tantas pessoas não têm acesso a esse tipo de entretenimento devido ao custo de aquisição. Com o desconhecimento dessa modalidade de lazer, com o intuito de expandir o Hobby e levar jogos de tabuleiro a mais casas e famílias, decidi abrir minha coleção e alugar os jogos através da Boards em Casa”, afirma.
Questionado sobre a rentabilidade desse mercado, ele conta que a locação de jogos tem aumentado no Brasil. Isso acontece por causa do movimento ‘Retorno ao Analógico’. Mas afinal, o que é isso? É o que você vai descobrir agora.
Retorno analógico: tá na hora de apostar
Fábio explica que, atualmente, a sociedade vive o Retorno ao Analógico, momento em que as pessoas adotam a nostalgia com aquisição de discos de vinil, jogos de tabuleiro e demais produtos que remetem à época de criação.
“A indústria dos jogos de tabuleiro tem crescido exponencialmente, estima-se que no mundo são criados mais de 5.000 jogos por ano e pelo menos 400 tem sido lançados no país anualmente, assim como o mercado de vinil hoje (novos e antigos) está voltando com tudo”, celebra o engenheiro.
Assim, observa-se que as pessoas se distanciam cada vez mais com o avanço das redes sociais, por meio de uma falsa sensação de aproximação. Segundo o colecionador, os jogos digitais causam o mesmo efeito, uma vez que o indivíduo joga no seu próprio dispositivo sem ter, de fato, o encontro presencial.
Por isso, os jogos de tabuleiro entram nessa onda para reverter o quadro e resgatar o contato físico entre os jogadores. E, pelo visto, a modalidade tem dado supercerto.
Grande adesão em Campo Grande
Com uma rápida pesquisa no Facebook Business, é possível ver que mais de 50.000 pessoas têm em seus interesses jogos de mesa e de cartas em Campo Grande. Segundo Fábio, a maioria nunca jogou e não sabe a possibilidade do aluguel.
“O meu propósito nesse mercado é esse, levar os jogos a quem não conhecia e a quem gostaria de jogar, mas não quer comprar. As pessoas estão condicionadas a alugar algo que as interessa por um breve momento, mas não para possuir”, reflete.
Dessa forma, Fábio vai abrir, de vez, a sua coleção de jogos de tabuleiro na próxima terça-feira (22) em uma inauguração online. Questionado sobre como se sente neste momento, Fábio afirma que está muito ansioso para levar a tradição que aprendeu em casa a outras pessoas.
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