VÍDEO: Sucuri macho se contorce e fica com formato esquisito após comer alimento não identificado

Monitor ambiental faz apelo e alerta sobre possibilidade de óbito caso sucuris de barriga cheia sejam tocadas por humanos: “podem revirar seu estômago”

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sucuri sucuris
Formato da sucuri e corpo enrijecido após alimentação chamam atenção em novo vídeo do "Velho do Rio" da vida real – (Foto: Reprodução/Vilmar Teixeira/Terra da Sucuri)

Durante passeio rotineiro do Rio Formoso, o guia e monitor ambiental Vilmar Teixeira avistou uma sucuri macho de barriga cheia e ficou emocionado com o avistamento. Isso porque o “pai das sucuris” costuma ver fêmeas na região flutuando após a alimentação. Os machos, no entanto, nem sempre são vistos.

“Mais uma vez estou aqui no Rio Formoso, esse lugar lindo, maravilhoso, em uma área preservada, onde conseguimos avistar vários animais silvestres porque tem muito alimento. As sucuris são carnívoras, elas têm que matar para poder comer. E aqui está uma sucuri alimentada, com a barriga cheia”, inicia Vilmar, em gravação para seu canal do YouTube, “Terra da Sucuri”.

Logo que bateu o olho na serpente, ele identificou que não se tratava de uma fêmea, e os detalhes lhe surpreenderam. De acordo com o monitor ambiental, a sucuri estava flutuando para aquecer o alimento não identificado em sua barriga.

“Pelo meu conhecimento, é um macho adulto, de 2,5 a 3 metros. E aqui está a barriga, olha o tamanho. Olha o olhão dela. Está boiando, aquecendo seu alimento. Eu não sei o que é, pode ser um peixe, algum macaco, algum jacaré. Não sei como definir esse alimento, só que é um animal de porte pequeno, de repente uma cutia, uma paca”, comentou.

Desse modo, chama atenção na gravação o formato “estranho” em que a sucuri avistada em Bonito, Mato Grosso do Sul, se encontra após ingerir um alimento desconhecido. É possível notar que a cobra se contorce e sua estrutura corporal fica enrijecida, formando a letra “S”. Veja:

https://www.youtube.com/watch?v=pb1YoJ4cmvg

Guia faz apelo: “não toquem na sucuri”

Apesar de avistar a espécie com frequência, Vilmar comemora cada encontro com as serpentes. “Fico feliz quando encontro esses animais e consigo perceber que nós mantemos o nosso equilíbrio ambiental. Se preservar, a gente avista. Não precisa estar tocando no bicho, esse é um registro de preservação”, diz ele.

Por fim, o guia turístico faz um apelo: não toque nesses animais, principalmente quando eles estão de barriga cheia. “Eles podem regurgitar, podendo revirar seu estômago do avesso e ferir seus vasos sanguíneos. Algumas podem vir a óbito também, podem morrer se vomitarem. 90% das cobras que regurgitam morrem, isso é um estudo de pesquisa”, avisa.

“Então não mexa com o animal quando está com a barriga assim, eu peço por favor. A natureza precisa ser preservada”, finaliza Vilmar.

Velho do Rio da vida real

Guardião do Pantanal e pai das sucuris na novela “Pantanal”, o Velho do Rio é uma figura mística e lendária que se transforma na serpente, ajudando a preservar o bioma. Na vida real, quem tem uma missão bem parecida é o monitor ambiental e guia de passeio Vilmar Teixeira, de 44 anos.

Natural de Tacuru e morador de Bonito há 25 anos, o guia trabalha há dez nessa função, que lhe permitiu o contato mais direto com a natureza e a proximidade com as sucuris. Além de orientar os turistas, o sul-mato-grossense aproveita o trabalho para acompanhar a vida das cobras e visitá-las todos os dias, gravando para seu canal do YouTube, “Terra da Sucuri”.

Vilmar está ficando famoso no Brasil por mostrar sucuris de Mato Grosso do Sul - (Fotos: Arquivo Pessoal)
Vilmar está ficando famoso no Brasil por mostrar sucuris de Mato Grosso do Sul – (Fotos: Arquivo Pessoal)

Por isso, os vídeos são impressionantes: ele mergulha com elas, entra na toca, mostra o habitat, se aproxima e fica cara a cara com as rainhas do pantanal. Ao Jornal Midiamax, Vilmar confirma que se sente amigo das serpentes e acredita já ser reconhecido pelas mesmas.

“Sim, as sucuris só toleram humanos. Meu objetivo é preservar, se você preserva, consegue avistar os animais gigantes. Minha região é uma reserva preservada, por isso eu encontro tantas”, relata o guia.

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