Tirando o atraso? Sucuri completa 1 mês acasalando e choca população de MS: ‘perdeu o pudor’

Saiba se essa duração é normal para um acasalamento de sucuris ou se a fêmea estava mesmo “tirando o atraso”

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"Vovózona" acasalou por 1 mês em Mato Grosso do Sul e deixou a população de boca aberta – (Fotos: Vilmar Teixeira/Terra da sucuri)

O acasalamento de sucuris mais agitado dos últimos tempos completou um mês no primeiro fim de semana de outubro e, desde o início da cópula, a famosa sucuri disputada por 4 machos não para de repercutir.

A reprodução da espécie começou no início de setembro e terminou assim que outubro começou, fechando exatamente um mês. Essa “orgia” animal chocou a população sul-mato-grossense e a fêmea, inclusive, chegou a ser alvo de ataques machistas por acasalar com quatro machos.

Nomeada de “Vovózona” pelo guia Vilmar Teixeira, também conhecido como “pai das sucuris”, a cobra vive em uma região alagada de Bonito, Mato Grosso do Sul, no Rio Formoso.

Veja vídeo do último fim de semana, quando elas ainda estavam fazendo “sexo”:

https://youtu.be/mQbT9buTVoQ

A notícia gerou tanto burburinho que o Brasil inteiro quis comentar o ato sexual das serpentes, chegando a dizer que “Vovózona” estava mesmo “tirando o atraso” ao acasalar por tanto tempo. “Parabéns pra você, sucuri. Eu fiz amor com 4 e só consegui ficar falada no bairro”, apoiou uma sul-mato-grossense. “O Brasil vai de mal a pior, até a sucuri perdeu o pudor”, detonou outro.

“Ai que inveja, gente, adoro”, “A bicha não é fraca”, “Fêmea bem resolvida” e “Vivendo como se não tivesse amanhã” foram mais alguns comentários a favor de “Vovózona”.

Já alguns repudiaram a natureza animal da espécie. “Que nojo” e “Com esse histórico sexual, essa sucuri vai ter contrato vitalícia na Globo”, comentaram outros.

https://www.youtube.com/watch?time_continue=270&v=z-JOtYNphK0&feature=emb_title

Acasalamento “poliândrico” de sucuris

De acordo com o biólogo e fotógrafo Daniel De Granville, especialista em sucuris-verdes, o comportamento é absolutamente normal. “O processo de acasalamento pode sim durar várias semanas”, afirmou ele ao Jornal Midiamax.

Os registros da reprodução foram feitos pelo guia Vilmar Teixeira e impressionaram pelo tamanho das cobras, o peso e a força de cada uma delas, sendo que as mesmas formam uma espécie de “bolo” para acasalar.

Quanto a essa forma de reprodução, De Granville explica: “As sucuris possuem um sistema de acasalamento chamado ‘poliândrico’, onde uma única fêmea copula com vários machos (às vezes mais de 12!) que se revezam no processo”, esclarece.

Há ainda quem confunda o grupão com uma mãe acompanhada de seus filhos. “Elas são muito maiores e mais pesadas do que eles, então, às vezes, as pessoas encontram este agregado e pensam que é uma fêmea com seus filhotes, quando na realidade é acasalamento”, pontua o fotógrafo ao MidiaMAIS.

No sábado, 1º de outubro, ainda havia 1 macho acasalando com a sucuri "Vovózona" - (Foto: Vilmar Teixeira)
No sábado, 1º de outubro, ainda havia 1 macho acasalando com a sucuri “Vovózona” – (Foto: Vilmar Teixeira)

“Tirou o atraso”

Vilmar Teixeira, dono do canal Terra da Sucuri, passou na toca de “Vovózona” nesta segunda-feira (3) e, após mais de um mês, ela finalmente foi vista sem nenhum macho enrolado em seu “corpo”.

Agora, a sucuri passará os próximos 7 meses gerando os filhotinhos que, assim que nascerem, serão soltos na natureza porque a espécie não possui vínculo parental.

Nesta segunda (3), "Vovózona" encerrou o período de reprodução e foi vista pela primeira vez sem um macho após um mês - (Foto: Vilmar Teixeira)
Nesta segunda (3), “Vovózona” encerrou o período de reprodução e foi vista pela primeira vez sem um macho após um mês – (Foto: Vilmar Teixeira)

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