Novo hábito? Cueca virada a R$ 1 vira febre entre os campo-grandenses no Centro
Empresária diz que começou fazendo 200 unidades na pandemia e hoje já fabrica mil diariamente
Graziela Rezende –
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Encontrar chipa a R$ 1 é raridade, mas ainda é possível em alguns lugares de Campo Grande. Imagine então um docinho depois, também a R$ 1 e café no mesmo preço. Ou seja, com R$ 3 você come um salgado, um doce e ainda toma uma bebida. É o que está ocorrendo na região central, com a oferta de cueca virada em várias lanchonetes.
O Jornal Midiamax apurou que ao menos quatro lanchonetes estão ofertando o produto: na Rua 14 de Julho, Rui Barbosa, Barão do Rio Branco e também na Avenida Calógeras. Conforme a empresária Rúbia Maldaner, de 32 anos, que ‘madruga’ para fabricar a cueca virada, a produção diária é de mil unidades.
“Eu vim do Paraná e trouxe a receita de lá. Sei que aqui os campo-grandenses gostam muito de chipa, só que eu não sei e nem me atrevo a fazer. Agora a cueca virada eu conheço muito bem. Aprendi com a minha sogra que, todos os domingos, fazia pra gente. Os funcionários chegam às 2h da manhã diariamente para fazer”, comentou a empresária.
Casal iniciou com 200 unidades de cueca virada na pandemia e passou a fabricar mil
Ao chegar a Mato Grosso do Sul, Rúbia e o marido iniciaram o negócio durante a pandemia. “Foi um risco, a gente estava com medo no início, mas as pessoas gostaram bastante. A produção inicial foi de 200 e cresceu muito, estamos fabricando cerca de mil por dia. E é um hábito realmente, o pessoal parece que tem hora certa para comer”, explicou Rúbia.
Conforme a empresária, como os doces estão caros, a cueca virada se torna uma alternativa. “Nós colocamos o preço bem popular, de R$ 1 em duas lojas e R$ 1,50 nas outras, por conta do deslocamento. A venda começa às 6h e o pessoal compra até as 9h, depois para um pouco. Depois, às 16h, as vendas retomam, que é a hora do lanche e quando estão saindo do trabalho, por exemplo”, argumentou.
Sobre a receita, Rúbia falou que vai manter em segredo. “Ela não vai leite, não vai ovo e isso é bom porque sei que muita gente tem intolerância. E tem um segredinho na receita, que é a típica do doce, só que com algo que não posso contar para ficar bem macia e saborosa”, comentou.
Ao final do dia, Rúbia falou que doa diariamente toda a sobra dos alimentos. “A gente doa tudo e a fila inclusive foi aumentando bastante. Fica muita gente esperando. Tem gente até que pergunta se é do dia ou não, mas, aqui não tem isso. É tudo bem artesanal e fresco. Fazemos do dia e doamos tudo o que sobra na estufa no final do dia”, finalizou.
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