Começa nesta sexta-feira (18) a Semana do Artesão, no Shopping Campo Grande, a partir das 18 horas, com Feira, Exposição e show musical com Chalana de Prata. A entrada é gratuita.

Este é o principal evento de celebração do Dia do Artesão, 19 de março, em Mato Grosso do Sul. Consiste em um momento de articulação e fortalecimento dos laços entre os profissionais do artesanato, seja individualmente ou por meio de suas entidades representativas.

Durante a Semana do Artesão, o poder público rende homenagens a esses profissionais e às suas obras: o artesanato diverso e criativo que é uma das expressões da cultura sul-mato-grossense.

Na edição deste ano, serão homenageados os artesãos Indiana Marques, Araquém Leão (In Memorian) e Edson Alves da Cruz. As Entidades Classistas do Artesanato de MS escolheram estes nomes pela importância e a trajetória que os mesmos têm no artesanato do Estado.

Homenageados

Indiana Marques nasceu em Ponta Porã na fazenda de erva-mate de seu pai, vindo residir em Campo Grande ainda jovem. Trabalha com artesanato há muitos anos encontrando sua vocação na cerâmica, na verdade, um reencontro das brincadeiras de infância com o barro da beira do rio. Por seu trabalho com a “bugras” conquistou um mercado crescente em vários Estados brasileiros e outros países como Itália e Portugal.

Nascido em Campo Grande e falecido no ano passado, fala grossa, sereno, criativo, assim era seu Araquém Leão, um querido. Vivia do oficio que tanto amava, o artesanato. Fazia facas, criava espetos de churrasco e chairas com materiais que antes não tinha utilidade: ossos bovinos e de avestruzes. “É um trabalho que faço me divertindo, é interessante que encaro como um trabalho, uma profissão, para mim é uma grande terapia fazer esse tipo de artesanato, é um grande prazer, um sonho”, afirmou no livro Vozes do Artesanato.

Edson Alves da Cruz nasceu na fazenda Cordilheira em Corumbá MS. Pai de dez filhos, começou sua carreira profissional trabalhando na lida do campo, fazendo frete, curral, cercas, tirando lenha e em comitivas de gados pelo Pantanal afora. Em suas horas de folga, Edson confeccionava gamelas para quando viesse para a cidade pudesse vendê-las, conseguindo fazer uma renda extra. Numa dessas gamelas, resolveu, sem nenhuma pretensão, esculpir um animal do Pantanal, no caso um Tuiuiú. Fez tanto sucesso que fez outras, mas ainda não vivia de sua arte. Quando viu a possibilidade de mudar para a cidade, montou sua marcenaria, onde fazia móveis entalhados, molduras e outros móveis também. Sua convivência com os bichos o fez ser conhecedor da anatomia dos bichos, de seus movimentos. Não é uma questão só de confecção das peças, mas sim dar-lhes características bem parecidas com os originais.

Confira a programação da Semana do Artesão e faça sua inscrição para as palestras e oficinas que deseja participar clicando aqui.