Não adianta não gostar: Globo não vai mudar Pantanal para agradar ninguém

Público não poderá ‘dar pitaco’ no remake de Pantanal e autor avisa: ‘a novela inteira’

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Juliana Paes caracterizada como Maria Marruá no remake
Juliana Paes caracterizada como Maria Marruá no remake

Neto de Benedito Ruy Barbosa, autor da versão original da novela “Pantanal”, Bruno Luperi adaptou o texto do avô para o remake da TV Globo. Esta semana, em coletiva de divulgação da trama, o herdeiro de Benedito deu mais detalhes sobre o seu trabalho como autor na adaptação de Pantanal. Para ele, “Pantanal foi a obra mais importante” do patriarca da família.

Bruno revelou que a obra está inteiramente pronta e fechada: isso significa que ninguém poderá dar pitaco e alterar nada em “Pantanal”. Não adianta não gostar, a Globo não mudará a novela para agradar ninguém. A intenção é manter a originalidade e apresentar o produto conforme o gosto de Benedito e da própria emissora.

“Tivemos de lidar com esse embarreiramento do tempo. Sei que não estou criando a história, mas, sim, trazendo para um novo contexto. A novela inteira está pronta, tivemos a oportunidade de fazê-la como uma obra fechada”, declarou Luperi.

Portanto, se o povo de Mato Grosso do Sul não curtir o que for exibido na telinha, não vai resolver em nada torcer o nariz. Mais fácil desligar a TV para não se estressar. No entanto, as expectativas e a empolgação são altas e a obra dificilmente decepcionará os sul-mato-grossenses.

“Só aceitariam se eu fizesse”

Sobre o contato com o avô, Bruno Luperi abriu o jogo: “Ele sempre me deu a benção desde o começo, me mandou ir com meu coração. Quem tomou o susto fui eu. Um dia me ligaram e disseram que estavam negociando Pantanal. Meu avô e a Globo só aceitariam se eu fizesse, pela abordagem do Brasil profundo, algo que fez parte da minha vida e do meu imaginário, ouvindo as lendas e histórias contadas por ele desde criança”, contou.

Benedito já tem mais de nove décadas e tem “Pantanal em um lugar especial em sua carreira e em seu coração. “Ele vai fazer 91 anos agora, extremamente lúcido. Ele sempre foi acostumado a escrever sozinho, agora tem visto mexerem no texto dele, algo pelo qual tem muito zelo”, comenta Luperi.

O desejo do autor era fazer a trama na Globo, que rejeitou a história na época. A Manchete topou fazê-la e levou a melhor. Agora, como uma produção global, “Pantanal” encerra a carreira do avô de Bruno com chave de ouro. “É um divisor de águas. A novela tira a gente do lugar comum, inclusive geograficamente, e foi inicialmente pensada para ir ao ar na Globo. Acho que isso fecha um ciclo importante da carreira e da vida dele”, disse.

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