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Na era do dinheiro digital, chiparia tradicional não aceita Pix e jura que clientela não diminuiu

Pagamento em cartão passou a ser aceito apenas há oito meses e dono aponta motivos
Clayton Neves -
Cliente entrega dinheiro para atendente da chiparia no Bairro Tiradentes. (Foto: Clayton Neves)

Tradicional na cidade, a chiparia e garaparia “Parada Obrigatória” faz jus ao nome e garante posição na lista de lugares que caíram no gosto do campo-grandense. Aberta em 1999, em ponto movimentado da Avenida José Nogueira Vieira, no Bairro Tiradentes, o local mantém tradição que não termina na qualidade ou no jeito de servir. Por lá, em plena era do dinheiro digital, pagamento no Pix não é uma opção.

Com possibilidade de fazer transações bancárias por um clique de celular, maior parte do comércio de já aderiu ao novo modelo, que se juntou às operações de crédito e débito já feitas via cartão. Mas, na Chiparia do Tiradentes, até mesmo o pagamento no cartão é novidade. 

Placa avisa clientes com antecedência sobre pagamento. (Foto: Clayton Neves)

“Nós ainda seguramos um pouco o cartão. Começamos a aceitar há uns oito meses. É recente”, conta o proprietário do estabelecimento, Edson Monte Serrate.

Apesar de não aceitar o famigerado Pix, Edson jura que a clientela não diminui. Segundo ele, diariamente passam cerca de 3 mil pessoas pelo local. “Ficamos abertos das 6h30 às 18h30 e muita gente circula por aqui. Não aceitar o Pix nunca foi motivo para que o pessoal deixasse de vir”, pontua.

Mas afinal qual o motivo para não aceitar Pix?

Praticidade! Esse é o principal motivo para que a chiparia barre os pagamentos por celular. “Muitas vezes, o Pix atrapalha porque a transação demora, ou a não conecta, e tem até pessoas mais idosas que não sabem fazer direito e precisam da ajuda do atendente. Como aqui está sempre cheio, isso acaba segurando a fila”, explica.

Mesmo não influenciando na procura da clientela, Edson afirma não descartar a possibilidade de passar a aceitar o novo formato de pagamento caso a realidade do negócio caminhe para isso. “Por enquanto está bem tranquilo, mas, a hora em que tiver a necessidade, a gente vai ter de aderir”, finaliza.

O que diz a clientela?

Na bancada de atendimento da chiparia, uma placa em letras garrafais já avisava. “Não aceitamos pagamentos por PIX, nem QR Code”. Ao lado, pedido para que o pagamento fosse feito em moedas para facilitar o troco. 

Chiparia Parada Obrigatória, em Campo Grande. (Foto: Clayton Neves)

Entre os clientes, as opiniões seguem a mesma linha. Enquanto esteve na chiparia, nossa reportagem flagrou alguns desavisados, um deles foi o encanador Lucas Ribeiro, de 28 anos. “Eu uso bastante o Pix e se aderissem ajudaria muito o consumidor. Minha sorte é que hoje eu trouxe o cartão”, comenta. 

Para Eduardo Keidi Mori, de 48 anos, o método da chiparia não faz muita diferença. “Eu não tenho Pix. Na verdade, sou um pouco distante da tecnologia”, comenta. Na hora de receber e pagar, toda a operação fica a cargo da esposa, Luciana da Silva Conceição Mori, de 38 anos.

“É bom para a segurança, tanto de quem recebe, que não fica andando com dinheiro, como para quem paga. Não julgo quem não tem Pix, mas ajuda muito”, avalia Eduardo.

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