A solidão está batendo na sua porta? Na do “gansolito” não mais! Duas semanas após a matéria do Midiamax, a qual mostrou a intenção da dona do animal em arranjar uma “eterna namorada” para ele, um leitor se sensibilizou e foi até a fazendinha, no Jardim Colúmbia, em Campo Grande, levar uma companheira. Agora, assim como os outros animais, a professora Maria de Fátima Barbosa, de 56 anos, diz que o “ganso tem a sua gansa para viverem felizes para sempre”. Veja vídeo no final da matéria.

“O ganso agora tem uma namorada. O antigo dono dela tem uma chácara de Jaraguari e ele nos arrumou. Eles leram a matéria, acharam o máximo e se empenharam bastante. Trouxeram a gansa e cobraram um valor simbólico só da gente.  Agora ele e a esposa são os padrinhos do ganso e da gansa”, afirmou a professora. 

A partir do mês de março, Maria diz que as crianças voltam a participar do projeto voluntário, que ocorre na fazendinha. “Fiz toda a filmagem do momento que a gansa chegou e pretendo mostrar para as crianças. Elas vão gostar muito, será um momento lindo”, comentou a professora.

Ganso vivia triste e solitário, diz professora

Os coelhos, os patinhos, os cachorros, os gatos…todos, até pouco tempo, tinham a “sua dupla” na fazendinha da professora aposentada. Só que o ganso não: triste e solitário, vivia rodeando outros animais e a dona então usou as redes sociais para buscar uma companheira para ele. 

“Eu e o meu marido percebemos que, ultimamente, o ganso anda muito solitário. Eu até procurei para comprar, mas, não achei, então usei as minhas redes sociais para divulgar que estou em busca de uma namorada, eterna namorada para o ganso. Pode ser uma doação ou compra, desde que me façam um preço justo. Fico com dó dele. Precisa de uma companheira”, afirmou na ocasião ao Midiamax.

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Foto: Redes Sociais/Reprodução

De acordo com Maria, a fazendinha começou a ter animais decorativos já na entrada e, aos poucos, ela foi adquirindo “animais de verdade”, como galinhas e depois os outros. “Aqui é uma fazendinha com um projeto social há 35 anos. Recebo crianças da região, matriculadas na escola e com boas notas, para participarem do projeto e fazerem várias atividades. O meu marido, por exemplo, dá aulas de capoeira, que é nosso trunfo maior, só que também tem musicalização infantil, dia de lazer, é uma missão social nossa”, argumentou. 

Morando no local há um ano e meio, D. Maria diz que o ganso foi batizado de “gansolito”.

“Meu marido deu esse nome a ele, pelo fato de estar sozinho. Estou muito esperançosa de alguém aparecer e dar uma companheira para ele. E pretendo fazer o casório também, filmando desde a chegada da companheira dele. Depois, tem o peru também, que quero ajudar. Imagina as crianças quando verem, vão gostar muito. Queria abraçar o mundo, só que, atualmente, estamos atendendo somente 70 delas”, disse.

Sobre o ambiente, a professora fala que “foi construindo aos poucos”. De acordo com ela, são ao todo 1.000 m² com horta, pomar, espaço para receber os alunos e também para a criação dos animais.

“Eu sempre falo que trabalhei muito para fazer este paraíso aqui com o meu marido. É um lugar lindo, cheio de natureza e bem especial. Moro aqui desde os 21 anos de idade e, mesmo aposentada, me considero uma eterna professora. Muitas pessoas passaram pelo projeto e as crianças que veem adoram, não querem ir embora. Elas vão ficar felizes se o ganso achar uma companheira”, finalizou.