Intérprete do peão Trindade no remake de “Pantanal”, Gabriel Sater deixou o folhetim contrariado. Ele não queria que seu personagem tivesse o mesmo destino da primeira versão, quando era interpretado por seu pai, Almir Sater, que precisou sair da novela antes do final para protagonizar a substituta “Ana Raio e Zé Trovão”.

Chateado pelo roteiro seguir a história original, o filho de Almir Sater revelou que chegou a cometer erros propositais nos bastidores por não querer se despedir de Trindade.

“A penúltima cena que foi ao ar, que foi justamente essa do Alcides no galpão, foi a minha última cena. Para ser sincero, eu acho que comecei até a errar de propósito só para poder conseguir gravar um pouquinho mais e curtir o figurino”, contou ele, em entrevista ao Encontro com Patrícia Poeta.

Gabriel Sater relata ainda que o desapego acabou sendo bem complicado. “Foi um momento muito difícil, até porque foram vinte meses de processo, vivendo tudo aquilo. Todos os dias eu acordava pensando em como estudar, no que ia assistir, no que ia servir de referência… Sem falar dos amigos maravilhosos, como é o caso do João Gaspar, que está comigo desde o início e me ajudou nessa parte musical do Trindade”, continuou ele.

“Foi muito complicado mesmo dar adeus para esse personagem tão importante em minha carreira. Quando acabou aquela última cena, eu saí quietinho do estúdio muito tocado, pois não sabia como seria a minha reação… A última vez que coloquei o figurino, eu cheguei todo destroçado, emocionalmente falando”, relatou o ator e cantor.

Ele encerrou revelando que chegou a pedir para continuar na novela, mas ninguém autorizou. “Eu torci [para o personagem voltar], falei com o diretor, com o autor e pedi uma nova chance, porque o meu pai, na versão original da novela, foi fazer uma outra novela, mas eu não. Os shows pode esperar e eu queria ficar mais… Eu só tenho mesmo é que agradecer”, concluiu.