Se quem dirige, no trajeto entre casa e trabalho, já vê muita coisa errada no trânsito, imagine quem sobrevive percorrendo um canto a outro da cidade, ao menos 11 horas por dia. E aqui o agravante é famoso: campo-grandense não dá seta, algo que Thais Pereira, de 23 anos, fez questão de colocar na bag que carrega para atuar como motogirl.

A intenção é chamar a atenção com a moto tunada rosa, roupas da mesma cor que ela é a apaixonada e a frase: ‘Dê a seta, não gasta gasolina!’. “Estou há um ano e meio trabalhando neste ramo e vejo muita coisa errada, é bem complicado. O trânsito é caótico, tem muita conversão proibida, gente que não liga o pisca alerta e por aí vai”, afirmou Thais ao MidiaMAIS.

Motogirl na região central de Campo Grande. Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax

No caso dela, por ser mulher, também existe a falta de educação, principalmente por parte de homens. “Tem alguns bem mal-educados, que perseguem e querem tirar satisfação na rua. Só que, desde que eu tirei a minha habilitação queria fazer isso, então, a gente vai aprendendo a lidar. Gosto da minha liberdade”, argumentou a motogirl.

Assim como Thais, diariamente, o marido está nas ruas trabalhando como motoboy. “Ele gosta que eu exerça a profissão, admira bastante. Somos bem companheiros um do outro. Aos finais de semana, minha carga horária é bem menor, porque tenho guarda compartilhada do meu filho e me dedico mais a cuidar dele”, ressaltou.

Thais fala que é apaixonada pela cor rosa e isso a diferencia no trânsito. Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax

Estilo diferencia motogirl no trânsito e ‘surte efeito’

Sobre o estilo e a frase, a motogirl fala que “surte efeito”. “Eu procurei na internet até achar a bag rosa. Antes tinha uma outra, mas, achei esta e adoro. É a minha cor favorita. A moto também fui colocando tudo rosa, só não faço mais modificações porque não é permitido. E a frase onde vou o pessoal me fala que gosta, buzina, é algo que realmente me diferencia e ajuda no dia a dia”, finalizou.

‘Gosto da liberdade desta profissão’, afirma motogirl. Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax