Casa de reza e índios cavalgando: mostra dos povos originários ocupa lugar de fósseis no Bioparque
Exposição ocorre no local a partir desta quarta-feira (19).
Graziela Rezende –
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O que parece somente mais uma mostra cultural, não é. Mantendo exatamente como manda a tradição, a casa de reza foi posicionada no museu assim como fazem os guarani-kaiowá, de frente para o sol. Ela e centenas de peças estão agora no Bioparque, em Campo Grande, no lugar de antigos fósseis.
A intenção é mostrar a cultura a indígenas para os visitantes, em um local que está com média de mil pessoas ao dia. Além de peças artesanais produzidas por indígenas do estado, como cerâmica e vestimentas, muitas fotos da rotina em uma aldeia estão expostas a partir desta terça-feira (19).
“Temos aqui peças de povos originários. É um acerto muito rico, de 8 etnias, fruto de uma parceira com fizemos com o setor de cultura e os indígenas”, afirmou ao MidiaMAIS a diretora do Bioparque, Maria Fernanda Balestrieri.
De acordo com o cacique Aldeir Romeiro Larrea, de 42 anos, da aldeia Água Bonita, a que leva agora o título de maior do estado, a presença da cultura indígena no Bioparque é muito importante. “Toda essa visitação vai servir para as pessoas verem o quanto batalhamos para preservar a nossa cultura. Espero que esta parceria continue sempre”, argumentou.
A liderança indígena Elizeu Terena também ressalta que os indígenas não somente estão presentes nas aldeias, mas, também buscaram estudar, trabalhar e se aperfeiçoar, sem deixar de manter a cultura.
Presente na mostra, a professora Flávia Mendes, de 39 anos, foi ao local acompanhada do marido e das filhas. “Essa sensibilidade que eles tiveram, de trazer fotos, mostrando como é a rotina na aldeia, foram incríveis. Estou encantada vendo os indígenas andando de cavalo. As outras coisas, como esculturas, tatuagens e vestimentas a gente até já conhece, mas, toda essa rotinas nas fotos não. Estou adorando”, avaliou.
Serviço
A exposição no Bioparque Pantanal conta com um acervo relacionado a cultura dos povos originários. O espaço, que antecede o corredor onde estão os peixes e animais silvestres, possui peças artesanais de oito etnias indígenas, além de fotografias que relatam a vida dos grupos nas aldeias.
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