Bruno Luperi, o autor do remake de “Pantanal, quebrou o silêncio após Gabriel Sater, que deu vida ao peão Trindade na obra, sair do folhetim muito antes do fim. Em entrevista ao Encontro com Patrícia Poeta, o escritor revelou por que tirou o filho de Almir Sater da novela.
De acordo com Luperi, limitações da produção e as condições climáticas do Pantanal não permitiram que ele mudasse o texto e o destino de Trindade, que seguiu o mesmo desfecho da versão original da TV Manchete, quando Almir Sater, o então intérprete do peão, deixou a obra pantaneira para protagonizar “A História de Ana Raio e Zé Trovão”, que foi a substituta de “Pantanal”.
“A novela, para ela acontecer, para ela ter sido filmada, ela foi escrita durante a pandemia. O Pantanal tem o regime das águas, da seca e da cheia, então nós precisávamos da novela toda escrita antes de ela ir ao ar, porque, a depender das condições climáticas, nós não poderíamos gravar”, contou o autor.
Na regravação da TV Globo, Trindade se tornou um dos personagens mais queridos pelo público, que torcia para seu final romântico ao lado de Irma (Camila Morgado). No entanto, seguindo o roteiro de 1990, o violeiro fechado com o diabo decidiu ir embora para salvar o filho, após engravidar Irma, alegando que o “cramulhão” tomaria a criança se ele ficasse.
O fato de Bruno Luperi não ter alterado a história deixou os fãs indignados, já que Almir “abandonou” Trindade em 1990 para fazer outro trabalho e Gabriel não tinha nenhum impedimento para continuar. O roteirista disse ainda que Trindade vai “deixar saudades”, dando a entender que ele realmente não voltará para a novela.
“O Trindade tem o caminho que a trama permite. Eu não posso adiantar muito, mas com certeza é um personagem que vai deixar saudades”, finalizou ele.
