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Além de ignorar Aquidauana, novela Pantanal foi acusada de apagar a cidade com ‘água virtual’

Meses depois de Aquidauana ser apagada com "água virtual" em "Pantanal", moradores voltaram a ficar magoados pela cidade ser ignorada pelos personagens
João Ramos -
aquidauana
"Vacilos" da novela "Pantanal" com Aquidauana deixam os moradores chateados - (Fotos: TV Globo e Divulgação)

Lembra dessa? Além de ignorar e magoar os moradores da cidade por isso, a novela “Pantanal” chegou a apagar a região do horizonte inserindo uma “água virtual” no território onde fica o município. Isso aconteceu logo no primeiro capítulo do remake, em março.

Entre as diversas polêmicas da primeira etapa da trama, essa água “fake” no Morro do Paxixi foi a maior para os moradores de , que agora, seis meses depois, reclamam do fato da cidade ser completamente ignorada pela novela.

A polêmica “água virtual”

No capítulo de estreia, quando José Leôncio (Renato Goes) e seu pai Joventino (Irandhir Santos) decidiram morar no Pantanal, a dupla fez essa escolha do alto do Mirante do Morro do Paxixi.

O problema é que, no horizonte da paisagem, a TV Globo inseriu grandes lagos inexistentes, justamente onde ficam Aquidauana e a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) do município.

Na novela, a vista ficou desse jeito - (Fotos: TV Globo/Reprodução) Aquidauana
Na novela, a vista ficou desse jeito e Aquidauana foi “inundada” – (Fotos: /Reprodução)

Assim que viram a sequência, moradores se perguntaram de onde a emissora tirou toda aquela água, inserida por meio de computador. Nas redes sociais, a situação até virou meme pela região. “Moro ali em baixo e toda essa água aí é falsa”, comentou um aquidauanense. “Inundaram Aquidauana de água e o rio Aquidauana ficou largo igual o rio Paraguai”, debochou outro.

Mesmo com as possíveis justificativas para o “apagão” na cidade, como a licença poética ou o fato da obra querer retratar um pantanal mais alagado no passado, nada “colou” e os aquidauanenses ficaram chateados. Relembre aqui a polêmica completa com todos os detalhes e versões.

Aquidauana menosprezada?

Cartório, banco, médico, hospital… nos últimos meses da trama, sempre que os personagens precisam de um serviço da cidade, eles recorrem à Campo Grande e enchem a boca para falar o nome da Capital. No entanto, pela região onde está localizada a fazenda do protagonista Zé Leôncio (Marcos Palmeira), as cidades mais próximas são Aquidauana e .

Observando isso, a população aquidauanense, em especial, tem ficado chateada com o folhetim, que só menciona Campo Grande e ignora completamente a civilização presente nos municípios das redondezas, que são bem desenvolvidos e oferecem dignamente os serviços dos quais os personagens precisam.

Juma e Zé Leôncio comeram cupim em algum restaurante de Campo Grande - (Foto: Reprodução/TV Globo)
Juma e Zé Leôncio comeram cupim em algum restaurante de Campo Grande – (Foto: Reprodução/TV Globo)

Alguns casos recentes se destacaram e chamaram a atenção dos moradores de Aquidauana, que ficaram indignados pela exclusão absoluta do local e chegaram a acusar a novela de “menosprezar” a cidade. Como quando Jove (Jesuíta Barbosa) levou Juma (Alanis Guillen) para tirar seus documentos pessoais e abrir uma conta em um banco.

“Ara, aqui em Aquidauana tem bancos, restaurantes self-service, cartórios, etc. Nem precisava ir a Campo Grande”, desabafou a moradora Carmelucia Rocha, em suas redes sociais.

O pior dos piores?

Mas o fato mais indignante ocorreu em relação à presença de escolas pelas redondezas. O sul-mato-grossense William Durães observou um momento em que a região foi “diminuída” no folhetim.

“A primeira versão de #Pantanal fazia mais menções a cidades da região, como Aquidauana e Corumbá. Vi uma cena em que a Filó diz ‘quando Tadeu era pequeno, só tinha escola em Campo Grande’, mas isso não faz muito sentido. Certamente havia em Aquidauana, que é longe, mas mais perto que CG”, destacou ele.

Zé Lucas após pedir autorização à prefeitura de Campo Grande para fazer escola em território do Pantanal de Aquidauana - (Foto: TV Globo/Reprodução)
Zé Lucas após pedir autorização à prefeitura de Campo Grande para fazer escola em território do Pantanal de Aquidauana – (Foto: TV Globo/Reprodução)

Complementando a fala, uma internauta opinou. “Isso é outra coisa que eles pecaram, e muito. No pantanal existe acesso à informação e escolas… Aquidauana, por exemplo, tem polo universitário. Fazenda sem internet hoje em dia? Jamais!! O autor achou mais fácil não explorar nada disso”, comentou.

A ao ignorar ou simplesmente menosprezar a presença de instituições de ensino no território aquidauanense, do qual o Pantanal onde os personagens vivem faz parte, ficou ainda mais absurda quando o personagem aspirante a político, José Lucas (Irandhir Santos), decidiu tentar construir uma escola na fazenda Pantanal e recorreu à Prefeitura de Campo Grande para tentar executar a ideia.

Sobre Aquidauana

Aquidauana oferece tudo que qualquer pessoa precisa. A cidade tem população estimada na casa dos 50 mil habitantes, conta com um grande centro, médicos e laboratórios.

“Até hoje tudo que os personagens foram procurar em Campo Grande, poderiam ter feito em Aquidauana, não sei porque tanto menosprezo”, diz o rapaz, que é universitário.

Com 130 anos de emancipação, ante os 123 oficiais de Campo Grande, o município, tal como Corumbá, também do Pantanal, vem sendo esquecido pelo folhetim.

“Estão em MS, mas o Zé Leôncio adora falar de Poconé e Cáceres [que são de MT]… nunca vi. E de Corumbá nunca falam”, observa a sul-mato-grossense Ana Clara em seu perfil na internet.

Zefa foi uma das poucas personagens que quis ir para Aquidauana ao invés de Campo Grande - (Fotos: TV Globo e Reprodução/O Pantaneiro)
Zefa foi uma das poucas personagens que quis ir para Aquidauana ao invés de Campo Grande – (Fotos: TV Globo e Reprodução/O Pantaneiro)

Segundo os relatos, a ausência de representatividade desses municípios tem gerado mal-estar, a população tem ficado verdadeiramente magoada e resmunga sempre que uma cena com a gafe é exibida.

Moradores magoados

É claro que, com tantas falhas assim, o sentimento de “menosprezo” bate à porta do coração aquidauanense. A população, no entanto, releva e costuma agradecer por “Pantanal” levar Mato Grosso do Sul para o mundo. No entanto, eles acreditam que essas situações que geram mágoa nem precisariam ter acontecido.

“Acredito que o autor não pesquisou direito como funciona o deslocamento na região e, por não conhecer os mecanismos, achou mais fácil direcionar tudo para Campo Grande”, pontuou Lucas Gabriel, um morador de Aquidauana em suas redes sociais.

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