Logo quando entra, o visitante dá de cara com um baleiro gigante, de três andares, bem no balcão. O imponente objeto chama atenção e transporta quem o vê para algum tempo distante, na infância, quando se ia com poucas moedas a qualquer barzinho próximo comprar balas para todo mundo.
“O tio do meu esposo tinha um bar que tinha esse baleiro. Nós compramos dele pra poder deixar aqui, que também já é uma coisa de tempos atrás, memória afetiva. Esse baleiro de três andares tem pra cima de 50 anos”, conta Marcela, que é dona do estabelecimento com o marido Israel Garcia.
“Tem máquina de costura, chaleira de ferro, luminárias em formato de lampião, fogão à lenha… A gente pensa em aumentar os itens que têm aqui dentro a longo prazo, mas ele já é um restaurante memorial pelo estilo caipira. Então, a gente quer dar um pouco de ênfase nisso”, relata.
Perceber o encanto da clientela com os objetos, o brilho no olhar proporcionado pela memória afetiva e a viagem do tempo causada pela nostalgia dos itens só incentivou os donos a investirem na proposta.
“Quando os clientes vêm aqui, ficam nostálgicos e falam ‘nossa, a minha vó tinha um desse’, ‘ah, eu já passei roupa com esse ferro’. Fomos observando o jeito deles quando eles entravam aqui, então eles gostam, é um ambiente rústico. Uma coisa legal para atrair”, pontua Marcela.
De fato: mexer com a saudade alheia não tem erro. Confira mais das peças antigas espalhadas pelo “O Caipira”: