Advogado do goleiro Bruno é de Campo Grande e explica por que a Justiça não encontrou o atleta

Advogado do goleiro Bruno revela que entrou com habeas corpus nesta sexta e afirma que está em negociação com a mãe de Eliza Samúdio para iniciar o pagamento da pensão

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Goleiro Bruno mostra print que seria da conta de sua esposa, com todo o dinheiro da vaquinha virtual – (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Morador de Campo Grande, Wilton Edgar Sá é o advogado que representa o goleiro Bruno na causa envolvendo o atraso do pagamento de pensão que o atleta deve à Justiça e ao filho que teve com Eliza Samúdio, em 2010.

Ao Jornal Midiamax, Wilton explica por que o oficial de Justiça não encontrou seu cliente no endereço fornecido e por que Bruno Fernandes de Souza contratou um advogado que vive em Campo Grande, se mora em Cabo Frio, no Rio de Janeiro.

“Ele não fugiu nem mudou de endereço, continua lá na cidade de Cabo Frio, no Rio. Provavelmente, o oficial de Justiça apareceu numa hora em que ele não estava, por que ele trabalha, tanto ele como a esposa”, afirma o advogado.

A defesa do goleiro Bruno argumenta ainda dizendo: “O oficial de Justiça tem que cumprir procedimentos. Não localizou? Poderia ter utilizado um segundo procedimento que é o de hora certa. Deixasse registrado que esteve presente, até porque é um condomínio, mas ele não fez isso. Então tem uma irregularidade nessa intimação há muito tempo”, pontua Sá.

Wilton também revelou ao Midiamax que, nesta sexta-feira (16), ingressou com um habeas corpus para que Bruno não seja preso por não pagar a pensão. “E, concomitante a isso, nós estamos negociando com a dona Sônia [avó de Bruninho] para efetuar o pagamento das prestações”, disse ele à reportagem.

Por fim, o advogado esclareceu por que o goleiro Bruno contratou um advogado que mora em Campo Grande, sendo que o mesmo vive no Rio de Janeiro. “Por que o processo está tramitando aqui e, juridicamente, o foro da criança é o foro da cidade onde ela mora. Então a defesa dele tem que ser daqui para facilitar”, explicou.

Goleiro Bruno afirma que não sumiu com dinheiro

Nesta quinta-feira (15), após a imprensa nacional divulgar que o goleiro Bruno teria sumido levando o dinheiro arrecadado em vaquinha online para pagar a pensão do filho que teve com Eliza Samúdio, o condenado pelo assassinato da modelo mostrou que a quantia permanece supostamente intacta.

Em seu perfil oficial do Instagram, Bruno publicou um print da conta que seria de sua esposa, Ingrid Calheiros, mostrando que o dinheiro da vaquinha continua no banco.

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Uma publicação compartilhada por Bruno Fernandes De Souza (@oficialbrunogoleiro)

“Galera, esse foi o valor que saiu da vaquinha para a conta da Ingrid! Cátia Fonseca e Gaby Cabrini lavem suas boca pra falar da minha esposa”, escreveu ele na legenda, se referindo às jornalistas que divulgaram seu suposto sumiço após os oficiais de Justiça não o encontrarem em casa.

Além disso, Bruno também anunciou a venda de uma Pajero Full 2010 blindada, no valor de 70 mil reais, exatamente o que falta para quitar a quantia de R$ 90 mil devida da pensão do filho, que vive com a avó Sônia Moura, em Campo Grande.

Com os R$ 20 mil arrecadados na vaquinha, o goleiro pretende completar a dívida da pensão vendendo o veículo. O Jornal Midiamax tentou contato diversas vezes com Sônia Moura, a mãe de Eliza Samúdio, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para posicionamento.

O caso

Bruno Fernandes de Souza foi condenado a 20 anos e 9 meses de prisão por assassinar a modelo Eliza Samúdio, com quem teve o filho Bruninho, em 2010. O corpo de Eliza nunca foi encontrado. Após anos de detenção, o atleta deixou a penitenciária em julho de 2019 e segue cumprindo a pena em regime semiaberto.

No entanto, após não pagar pensão para o filho, um novo mandado de prisão foi expedido em maio de 2022. A partir de então, sua atual esposa abriu uma vaquinha online pedindo ajuda para evitar que o marido fosse preso novamente.

No início do mês de agosto, o atleta recebeu mais um mandado de prisão pelo não pagamento da pensão alimentícia, já que, segundo a mãe de Eliza, em 12 anos, o atleta jamais pagou a pensão do menino.

Ainda em agosto, um oficial de Justiça procurou o goleiro Bruno por três vezes em seu endereço para cumprir os mandados, mas não o encontrou no local, foi quando se levantou o rumor de uma possível fuga levando o dinheiro arrecadado pela vaquinha virtual.

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