‘Cool’? Tatuagem íntima, como da Anitta, está fora de moda em Campo Grande
Pouco frequentes, quando acontecem, os pedidos na Capital geralmente são solicitados por mulheres
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Virilhas, seios, nádegas e até dentro do bumbum. Muitas celebridades têm deixado vir à tona informações sobre suas tatuagens íntimas, espalhadas pelos lugares mais inusitados do corpo.
O tema virou assunto há pouco tempo, quando Anitta, em entrevista, deu a seguinte declaração: “Decidimos fazer uma tatuagem na pepeca. Aí, de repente, eu pensei: e se isso que eu fiz aqui, eu tenho atrás? Ia ser curioso. Aí eu falei: ‘pai, se eu fizer uma tatuagem no meu c*?’. E ele falou: ‘Porr%, se você aguentar uma tatuagem no c*… E eu decidi tatuar o c*”, contou ela, aos risos.
De lá para cá, além de Anitta, personalidades como Pocah, Jojo Toddynho, Cleo, Bruna Marquezine, e muitas outras, tiveram expostas a existência de seus desenhos. Alguns já eram conhecidos há algum tempo, enquanto outros só vieram à tona depois da declaração de Anitta, que “normalizou” o procedimento.
A tirar pelo número de famosas que tatuou alguma coisa nas partes mais escondidas, a prática parecia ser tendência. Mas, será que isso está mesmo na moda? Em Campo Grande, pelo menos, não.
Estúdios de tatuagem da Capital sul-mato-grossense relataram ao Jornal Midiamax a escassez nos pedidos para desenhos íntimos na pele. Um deles afirmou que recebe apenas entre 10 e 15 demandas do tipo por ano. Só em 2021 foram três, mas esse caso é até isolado na comparação com os demais, que nem chegam a isso, realizando o procedimento, no máximo, cinco vezes ao ano.
O perfil das pessoas interessadas na gravação íntima é o mesmo, em todos os locais. Normalmente são mulheres, apenas um estúdio relatou ao MidiaMAIS ter feito tatuagens íntimas em homens. Sim: em anos de atendimento, a maioria dos estabelecimentos que executam o serviço sequer tatuaram alguém do sexo masculino nas regiões ‘escondidas’.
Pouco frequentes, quando acontecem, os pedidos geralmente são solicitados por mulheres casadas. Nome do parceiro, pimentinhas, borboletas, flores e palavras sensuais estão entre os desenhos mais requisitados. Mas é unanimidade entre os tatuadores contatados pela reportagem que as gravuras íntimas são uma ‘coisa ultrapassada’.
“Pra ser sincero, de uns anos pra cá, essa ideia da tatuagem íntima começou a sair de moda. Tá muito difícil, muito raro mesmo uma pessoa vir e fazer uma tatuagem mais escondida”, afirma o tatuador Jacó, dono de um dos estúdios mais bem avaliados e procurados de Campo Grande.
Segundo ele, as mulheres estão expondo mais suas tatuagens. “Elas estão fazendo mais no braço e na perna, nos mesmos locais que os homens sempre fizeram. Acho que esse tabu de esconder já está saindo fora [de moda] mesmo de uma vez agora”, pontua.
Arte
Para Jacó, o conceito da marginalização caiu e hoje as tatuagens são vistas como arte para serem mostradas. “Ano passado eu fiz só uma [íntima] e outro tatuador daqui fez duas ou três. Bem reduzido mesmo e o número vem caindo cada vez mais. O pessoal está com outra mentalidade, então eles querem fazer a tatuagem hoje pra mostrar, tem um entendimento mais como arte”, conclui.
A nova percepção que vem crescendo a respeito da representação dos desenhos no corpo fez cair a prática de tatuar em locais escondidos, seja para apimentar relações ou satisfazer desejos pessoais, ao menos no cenário campo-grandense. O negócio é tatuar para exibir e não para ocultar.
Tatuagens íntimas podem até ser normais e corriqueiras para as celebridades, mas na vida do cidadão comum de Campo Grande, a prática não tem tanta importância ou adeptos, a ponto de ser vista pelos próprios profissionais que aplicam as gravuras na pele como algo completamente fora de moda.
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