Formado em Pedagogia, Jair atuou durante 35 anos em empresa da iniciativa privada e as artes cênicas sempre foram atividades paralela e fruto da curiosidade e interesse que lhe permitiu conhecer pelo país grandes nomes das artes brasileiras com quem aprendeu através de cursos e oficinas, além de ter assistido centenas de espetáculos, nacionais e estrangeiros. Inovou com o primeiro nu em cena em Campo Grande na peça “Sangue Eletrônico”, texto de Veríssimo, encenado pelo Grupo Alma de Circo da UFMS.

(Foto: Carlos Yukio)

 

O seu último trabalho foi a peça “Ensaio sobre a Lua”, que estreou em 12 e 13 de outubro de 2019 no Circo do Mato. Na ocasião, Jair celebrou 48 anos de atuação como artista brasileiro.

Nos últimos dois anos, devido à pandemia e ao câncer, Jair se reservou a cuidar da saúde, por isso não estreou um novo espetáculo que já estava em seus planos. Nos últimos trabalhos, Jair fez pesquisas com iluminação alternativa no , apenas com o uso de lanternas. Fique com uma reflexão do artista por ele mesmo indagada por este repórter em 2018:

“Não é frescura não, mas eu não sei (silêncio) não sei quem eu sou. Sou uma pessoa que vive de certa forma fazendo o que gosta. Não sou pessimista, nem otimista, sou realista. Me pergunto o tempo todo ‘como posso me definir?’ (silêncio novamente). Alguém que busca fazer o que gosta e nunca está satisfeito com o mundo querendo que as coisas deem mais certo para a humanidade toda, mas não sabendo como isso pode acontecer. Sou uma pergunta. Então não sei te dizer”.

O sepultamento de Jair será nesta sexta-feira (4), às 10h30 no cemitério Park Monte das Oliveiras, na , próximo ao José Antônio Pereira. A família pede que os amigos evitem causar aglomerações em decorrência da pandemia de Covid-19.