Ousado, espetáculo de dança árabe ao som de Délio e Delinha recebeu julgamentos: ‘sonho meu’

Todos os temas são músicas regionais ou regravações de versões feitas por músicos sul-mato-grossenses, unindo a dança oriental

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Mistura das culturas foi idealizada em três meses
Mistura das culturas foi idealizada em três meses

Em comemoração ao aniversário de 44 anos de criação de Mato Grosso do Sul, a Fundação de Cultura de MS apresenta o espetáculo de dança do ventre “Nosso Mato Grosso do Sul”, concebido pelo Studio Nidal Abdul. A apresentação será no domingo, 10 de outubro, às 19 horas, na Concha Acústica Helena Meirelles.

No espetáculo, todos os temas são músicas regionais e/ou regravações de versões feitas por músicos sul-mato-grossenses, unindo a música regional e a dança oriental.

Cerca de 5% da população de MS é composta por árabes ou árabe-descendentes, uma alta porcentagem em comparação a outras regiões do país. Com o intuito de homenagear a cultura sul-mato-grossense através da união da música regional do Estado e da cultura da dança árabe, o show terá apresentações com véu, bastão, véu de Isis, espada… tudo ao som de Délio e Delinha, helena Meirelles, Almir Sater, Geraldo Roca, Grupo Acaba, e tantos outros.

“É um tanto ousado colocar a dança do ventre com a música regional. É uma fusão, uma mistura de duas culturas, e organizei e comecei a ensaiar. Este espetáculo é a realização de um sonho meu, já que minha família é de imigrantes libaneses e fomos muito acolhidos aqui nessa terra”, afirma Nidal Abdul, bailarina, coreógrafa e idealizadora do espetáculo.

Julgamento

Tudo foi feito com muito amor e carinho para que as 60 bailarinas pudessem se apresentar em uma hora e 20 minutos de espetáculo. “As pessoas não têm ideia do trabalho que deu para fazer tudo. O show foi criado pelo Studio Nidal Abdul há mais de um ano, mas só conseguimos finalizá-lo há mais ou menos três meses”, diz Nidal.

A bailarina e coreógrafa enfrentou muitos desafios para poder apresentar um espetáculo de dança do ventre com músicas regionais. “Tiveram muitos julgamentos, as pessoas diziam: ‘mas como você vai fazer, não consigo imaginar’. Mas a arte nos possibilita atravessar as fronteiras, não tem limite para criar, para ir além. Nós, coreógrafos e bailarinos, somos responsáveis por levar ao público projetos diferentes, coisas inovadoras. Mas não foi fácil. Teve pessoas que não quiseram nem participar por se tratar de músicas regionais. E depois que viram pronto: ‘nossa e dá mesmo para dançar, como você conseguiu?’.”.

O espetáculo vai ter público presencial e com transmissão ao vivo pelos canais virtuais. A entrada presencial e a participação pelas redes sociais são gratuitas.

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