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No Dia do Rim, renal crônica de Campo Grande dá exemplo de força e superação em meio à pandemia

Dia Mundial do Rim Vânia Ledo dos Santos explica que passou por várias dificuldades para continuar hemodiálise, mas não desistiu.
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Esta quinta-feira (11) é marcada pelo Dia Mundial do Rim, campanha que tem objetivo de engajar pessoas que têm Doença Renal para promover a participação significativa no tratamento, além do foco no autocuidado e a qualidade de vida. Por isso, o MidiaMais mostra hoje como os pacientes renais de estão conseguindo superar as dificuldades durante pandemia.

A pandemia do já completou um ano e, desde então, trouxe transformações na vida de todo mundo, incluindo quem sofre com doenças renais. A Associação de Renais Crônicos de (ABREC-MS) contou que as clínicas onde são realizadas as hemodiálises adotaram medidas de biossegurança para permitir a continuidade no tratamento dos pacientes.

No Dia do Rim, renal crônica de Campo Grande dá exemplo de força e superação em meio à pandemia
Normas de segurança são atendidas em Campo Grande (Foto: ABREC-MS)

Desde o início das restrições, em 2020, a associação também reforçou as medidas de higiene e segurança. Além disso, fizeram um trabalho intensivo de informação, tanto de prevenção ao coronavírus, quanto sobre a importância de seguir o tratamento de doença renal crônica da maneira correta. Assim, os pacientes teriam o apoio necessário para manter a saúde e qualidade de vida.

A presidente da ABREC-MS, Drª Maria Aparecida Arroyo, ressalta que a população com doenças renais crônicas tem crescido nacionalmente de forma assustadora, com quase 150 mil pessoas portadoras no país. O objetivo do Dia do Rim, que também é levado para todo mês de março, é alertar sobre uma das causas das doenças renais para prevenir e cuidar dos rins.

Além disso, a nefrologista também ressalta a necessidade dos pacientes que possuem doenças renais crônicas em estarem em maior prioridade na campanha de vacinação contra o coronavírus. Na 3ª fase de vacinação, mais de 90% são carentes e não podem estar em isolamento constante pela necessidade do tratamento, além dos riscos da doença.

“A ABREC continuou trabalhando com os pacientes com tratamento multidisciplinar, mantendo as medidas de biossegurança com a grande maioria sendo idosos, que são orientados e vacinados de acordo com a campanha. Apesar disso, alguns dos pacientes são de faixas etárias que não são prioridade na campanha de vacinação e necessitam de tratamento contínuos três vezes por semana”, explica Arroyo.

Vânia Ledo dos Santos

Vânia Ledo dos Santos, de 38 anos, é aposentada e renal crônica. Ela explicou que muitas coisas mudaram em sua vida em 2020, quando os casos de Covid chegaram a Campo Grande. Sem ônibus, ela precisou pegar carona com uma enfermeira para chegar à clínica de hemodiálise. Mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo caminho, ela não desistiu do tratamento e se manteve firma na medicação. “A gente continua lutando pela vida, lutando para passar essa tempestade”.

Em meio a perdas de colegas, renais crônicos que contraíram o vírus, Vânia precisou se adaptar. Na hora de chegar na clínica, nada de contato físico, nem mesmo ficar perto de outros pacientes. O que antes era só entrar para fazer a hemodiálise, se transformou em uma rotina severa para manter a saúde de todo mundo.

Primeiro, a temperatura é medida. Depois, precisa passar álcool em gel, manter distanciamento social e só então o paciente é autorizado a  fazer o tratamento. Além do mais, lanches no salão da hemodiálise não são mais permitidos. Todas as orientações dos profissionais são em prol da saúde de pacientes e . “O distanciamento é bem difícil né, mas a gente procura sempre estar distante, usar máscara sempre”, conta Vânia.

Em 2021 o cenário permanece o mesmo, e Vânia relata a luta de vários colegas renais crônicos que contraíram o Covid, foram assintomáticos e acabaram não resistindo. Mesmo com o medo da doença, a aposentada afirma que faz de tudo para não interromper a terapia. “Medo dá, mas a vontade de viver é maior e precisa dialisar [fazer hemodiálise]. A gente tem que ser forte, tem que superar isso daí, mesmo com toda a dificuldade”, contou Vânia ao MidiaMais.

Campanha Vivendo bem com a doença renal

A ABREC realiza a campanha “Vivendo bem com a doença renal” durante todo o mês de março em comemoração ao Dia Mundial do Rim. Com objetivo de promover educação e conscientização sobre a doença, campanha busca promover a participação significativa no tratamento e na vida cotidiana.

“Este ano o enfoque no Dia Mundial do Rim é nos dedicarmos a cuidar e orientar os pacientes que fazem acompanhamento para que façam um tratamento com qualidade. O grande problema é que, infelizmente, grande parte ficam sabendo de ‘última hora’ sobre a doença e isso assusta o paciente, que começa o tratamento despreparado psicologicamente. Queremos alertar para que tenham uma qualidade de vida boa”, ressalta a nefrologista e presidente da ABREC-MS, Drª Maria Aparecida Arroyo.

A doença renal crônica (DRC) se caracteriza por lesão nos rins que se mantém por três meses ou mais, gerando várias consequências. A doença é silenciosa nos estágios iniciais, por isso o diagnóstico pode acontecer tardiamente com o comprometimento dos rins. Dessa forma, a prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais por meio de exames simples, como creatina no sangue e exame de urina.

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