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No aniversário de Campo Grande, artesãs contam 122 anos de história através da arte

Iza Olmos Rodrigues de Lima e Betty Marque transformam o amor pela Capital em obras de arte
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Betty Marques e Iza Olmos são artesãs de Campo Grande
Betty Marques e Iza Olmos são artesãs de Campo Grande

Desde moradores até turistas, todo mundo sabe que o artesanato campo-grandense é emblemático na Capital. Ricas em histórias, detalhes e belezas que carregam uma narrativa sobre a cultura daqui, essas peças estão presentes nas casas da população, em lugares públicos, lojas e exposições.

Dentre tantas obras que todo mundo conhece na Capital, existem as figuras por trás desse trabalho: os artesãos. Muitas vezes longe dos holofotes, hoje decidimos, então, contar um pouco da história de duas pessoas que têm um cantinho especial no coração da cidade ao longo desses 122 anos.

Iza Olmos Rodrigues de Lima

Iza Olmos Rodrigues de Lima, de 42 anos, começou a trabalhar com artesanato há cerca de dois anos. Sua maior inspiração: os anos de glória vividos no Centro de , onde mora desde criança, para criar um quebra-cabeça especial com imagens emblemáticas da cidade, desde capivaras até a .

As peças foram lanças em abril deste ano e causou maior sucesso na Internet. Claro, que nós do Midiamax, estávamos lá para registrar. Em entrevista na época, Iza contou que trabalha como estrategista de conteúdo digital e é dona do perfil @rua14dejulho.

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Moradora da região central desde pequena, ela disse ao jornal que a principal inspiração para criar as peças foram os lugares que passou a sua infância, como a Rua 14 de Julho e a Praça Ary Coelho. Com intuito de homenagear os espaços, ela pensou em uma peça diferente que seria útil para as famílias campo-grandenses que estão muito ociosas em casa devido ao isolamento social.

“Achei que o quebra-cabeça seria um excelente passatempo nesse período de pandemia, e foi por essa motivação que escolhi o produto”, explicou Iza. Além disso, ela também contou que a praça tem um significado muito especial na sua vida, uma vez que cresceu brincando lá.

“A peça da praça Ary Coelho tem um significado muito grande porque foi o meu quintal quando eu era criança. Eu sempre morei na região central, meu pai tinha uma banca de revista, que é a Banca dos Pracinhas, ficou com a gente até os anos 90, quando meu pai faleceu”, contou.

Foi então que fez parceria com a artista visual Amanda Mamede para expressar o seu amor pela Cidade Morena. Os quebra-cabeças estão disponíveis na Casa do Artesão e contém 500 peças. Seu tamanho montado é de aproximadamente 36,5 x 49,5 cm. Iza ainda ressalta que eles podem ser usados como artigo de decoração após concluídos. 

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Betty Marques

Veterana na sua arte, a artesã Betty Marques expõe na Casa do Artesão há cerca de 25 anos. Ela diz que, com as vendas de suas peças na Casa, criou e formou os filhos. “A Casa do Artesão não parou de vender nem na pandemia. Muitos lojistas fecharam e a Casa não parou. É um prédio histórico, é lindo. Todo turista vem na Casa, é um lugar perfeito”, recorda a artesã.

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De acordo com a Fundação de Cultura de MS (FCMS), Betty está no ramo há mais de 40 anos. Ela começou no artesanato talhando onças na madeira. Depois, ousou com trabalho em cerâmica, como a Frida Kahlo “campo-grandense”, com enfeites de flores de ipê, a Nossa Senhora, o São Francisco, sempre apostando em elementos da cultura regional.

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“Eu nasci em Ponta Porã e vim para Campo Grande para estudar e aqui fiquei. Campo Grande é uma cidade em que o povo é feliz. As pessoas estão sempre sorrindo, é uma alegria nata. Eu sou alegre, gosto muito de cor, e isso tudo aqui, a arte, a Casa do Artesão, é muito colorido”, revela a artista.

Parte da história da Casa do Artesão, Betty também afirma que está feliz que o local será reformado depois de tantos anos.

Revitalização da Casa do Artesão

Situada em um prédio histórico centenário que marca o crescimento de Campo Grande, a Casa do Artesão é um espaço turístico singular de comercialização do rico e diverso artesanato de Mato Grosso do Sul. Visando à revitalização do prédio e contemplada pelo pacote do Governo do Estado “Retomada MS”, a Casa do Artesão, unidade da Fundação de Cultura do MS, terá recursos no valor de R$ 2,2 milhões para reformas. 

A tradicional sede, principal centro de comercialização do artesanato produzido no Estado, construída entre 1918 e 1923, recebeu sua última revitalização e restauro em fevereiro de 2002.

A principal ambição dos arquitetos e da própria FUNDEC é resgatar a memória das edificações do apogeu da expansão da cidade – tendo em vista a importância deste período para a história regional e a consequente formação do consciente coletivo. Assim, com o resgate do edifício, procura-se trazer a memória que o edifício mantém entre suas paredes.

O aviso de lançamento da licitação já foi publicado no Diário Oficial, e a abertura da licitação será realizada, no tipo menor preço, no dia 03 de setembro de 2021, às 10 horas, na Agesul.

A reforma dará condições de servir melhor ao público, principalmente, ao turista, maior frequentador do local. A revitalização vai agregar valor às peças expostas, valorizar o trabalho de várias culturas, das diversas etnias cujos trabalhos estão expostos no espaço.

A Casa do Artesão fica na avenida Calógeras, 2050 – Centro. Telefone: (67) 3383-2633.

Casa do Artesão em Campo Grande (Foto: Divulgação/FCMS)

 

 

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