foi um dos principais poetas brasileiros do século XX. Natural de Cuiabá (MT), ele se mudou para Campo Grande e residiu até a data do seu falecimento, em 2014. Foi na capital sul-mato-grossense que ele construiu seu legado e se transformou em uma das mais importantes vozes líricas do país. Agora que a casa onde morava está parada há muitos anos, o neto do poeta deseja transformar espaço em um para reviver a história de Manoel de Barros.

Silvestre de Barros é neto e herdeiro do poeta, que tem a intenção de criar e manter o Museu Manoel de Barros que também pode servir como Casa de Cultura na capital. Com finalidade preservar a memória do avô, Silvestre deseja que as pessoas tenham mais acesso à biografia, obras e acervo. Manoel de Barros morou por mais de 40 anos na residência, localizada na rua Piratininga.

Além de Silvestre, o Pedro Spindola também está à frente do projeto. Amigo pessoal de Manoel de Barros, ele contou ao Midiamax que viveu ótimos momentos ao lado dele por mais de 30 anos e que já produziu um livro em homenagem ao escritor. “Eu frequentava a casa dele, caminhava com ele 1 hora por dia. Ele falava que nós éramos melhores amigos”, recorda o jornalista.

A proposta é que o museu seja aberto ao público exatamente como o poeta deixou, com todos os móveis, obras de artes, o seu famoso “lugar de ser inútil”, escritório com biblioteca e ainda incluir mais de 300 fotos de Manoel, toda a sua obra literária, documentos, filmes e depoimentos de intelectuais sobre o seu trabalho, acervo juntado ao longo de 30 anos.

“Tudo será devidamente organizado e catalogado e disponibilizado ao público, através de modernos recursos áudios visuais. Será criado um site com tudo que a Museu/Casa terá”, comentam os organizadores, que desejam iniciar o contato com o Governo do Estado e Prefeitura de Campo Grande sobre a possível viabilização do projeto.