‘Não pode ser carrancudo’: Papai Noel de Campo Grande revela segredo para ser um ‘bom velhinho’

Sem tirar a máscara de proteção, Papai Noel voltou a shopping e faz a alegria da criançada ao lado de sua esposa, que atua como Mamãe Noel

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Casal Silvio e Marycleis em shopping de Campo Grande
Casal Silvio e Marycleis em shopping de Campo Grande

Já faz mais de um mês que o Papai Noel Silvio Degaspari voltou a realizar seu trabalho vestido como o bom velhinho e alegrar a criançada no Shopping Bosque dos Ipês em Campo Grande. Diferente do ano passado, quando precisou ficar enclausurado numa sala e só podia atender as crianças por meio de chamada de vídeo, este ano, com a vacinação e o recuo da pandemia do coronavírus, os pequenos puderam voltar a abraçar e tirar foto presencialmente com o Noel.

“Tá normal, tenho contato com as crianças, só que eu uso máscara o tempo todo. Não posso ficar sem máscara. Tem criança que vem com máscara, algumas tiram, outras não”, conta ele ao MidiaMAIS, sobre o movimento de 2021.

Silvio diz que sentiu muito com a situação de 2020 e ver a alegria dos pequenos de perto, com brilho nos olhos, faz toda diferença. “Ah, bastante! Ainda mais que eu brinco muito com as crianças. Hoje elas chegam lá e vêm correndo do meio do pátio”, descreve.

Há anos, Silvio e Marycleis realizam esse trabalho no Natal (Foto: Arquivo Pessoal)

Ele não entrou no ramo sozinho. Sua esposa, Marycleis Silveira, além de companheira na vida, também atua como Mamãe Noel quando pode, especialmente nos finais de semana. Assim, o casal da vida real também acaba sendo o casal de bons velhinhos que presenteiam e “fazem a festa” da garotada.

Advogado atuante, há mais de 20 anos Silvio incorpora o Papai Noel nos últimos meses do ano. Atualmente, ele está com 60 anos, mas diz que antes dos 40 já desempenhava esse trabalho, que começou com uma formatura da criançada na pré-escola de uma instituição educacional em Campo Grande. A diretora sugeriu que ele podia fazer o Papai Noel e a ideia foi aprovada.

“Depois disso, um começou a ver e foi falando pra outro, que falava pra outro e eu fui sendo chamado em todos os cantos”, narra, dizendo que, no início, “era a coisa mais feia do mundo” com os trajes do disfarce um tanto desengonçados, sendo que precisava aparentar ser um idoso quando não era.

Equipe fica à disposição para tirar foto e conversar com a criançada (Fotos: Arquivo Pessoal)

Para ser Papai Noel, o que precisa? Segundo Silvio, de carisma. “Não pode ser carrancudo, porque tem Papai Noel que a criança vai tirar foto, põe a ela do lado e nem conversa. Eu não, eu brinco, vish, rolo no chão com as crianças, eu me envolvo bastante, procuro participar do momento da criança ali”, explica ele.

“Elas acreditam que a minha barba é de verdade, puxam a barba, conversam sobre as renas… Tem que ser esperto e ter imaginação”, finaliza o Noel.