Choro de Mariana, aos 12 anos, emociona ‘fim da fila’ da vacina contra covid em Campo Grande

Pais agradecem a empatia da profissional que aplicou a dose na garotinha

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Mariana estuda no 7° ano na rede municipal e recebeu a primeira dose da Pfizer
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Aos 12 anos de idade, a jovem menina Mariana Arantes Diniz se emocionou ao ser imunizada contra a Covid-19 em Campo Grande, nesta terça-feira (24), quando finalmente entrou para o público alvo da vacinação na Capital — o fim da fila da vacina.

Durante ano passado, assim como todos, Mariana ficou fragilizada emocionalmente com a situação da pandemia. “Perdemos conhecidos e parentes para a doença. Por conta própria, ela acompanhava diariamente através dos noticiários e internet os números de casos, o mapa, número de curados, comemorava quando nosso Estado e cidade estavam estáveis”, conta a mãe, Ana Clara, ao Jornal Midiamax.

Dependendo das notícias sobre a situação da Covid, era preciso mudar de canal, pois Mariana chorava e sofria com a situação, segundo a mãe, que é professora. “Quando liberaram a notícia sobre o início da vacinação no Brasil ela ficou eufórica e emocionada, não parava de falar da vacina, eu disse a ela que provavelmente não chegaria à idade dela, que seria para idosos, profissionais da saúde e adultos. E ela me fez chorar neste momento, porque respondeu assim: ‘não tem problema, o que importa é vocês (no caso, os pais dela) serem vacinados’”, relembra a mãe, emocionada.

“Quando eu e o pai dela tomamos a vacina, foi outra alegria… ela me abraçava toda hora durante o dia falando que estava aliviada e feliz que tínhamos sido vacinados. Quando iniciou a vacinação dos adolescentes, outra euforia. Até que ontem chegou a idade dela, trabalhei de manhã e passei em casa para buscá-la para vacinar no parque Ayrton Senna”, narra a professora.

Durante a fila, Mariana comentou que não estava acreditando que ia tomar a vacina e levou atividades da escola para ficar fazendo dentro do carro. “Quando entramos o portão do parque Ayrton Senna ela já começou a ficar emocionada, perguntei se estava com medo, ela disse que não, que estava muito e muito feliz. Pedi a ela para agradecer a Deus a oportunidade e falei da importância da vacinação, de quantas pessoas estão sem essa oportunidade”, diz Ana Clara.

Quando chegou sua vez, Mariana já começou a chorar muito feliz. “Nos surpreendemos com a profissional que atendeu ela. Nunca tínhamos visto, mas foi muito acolhedora e atenciosa com a Mariana, fiquei muito agradecida. Ao sair do Ayrton Senna, Mariana caiu no choro dizendo que não acreditava que tinha tomado a vacina. E passou o restante da tarde e noite emocionada. Nós também, pois ser vacinada é muito bom… mas ver nossos filhos serem vacinados é melhor ainda”, declarou a professora ao MidiaMAIS.

O pai afetivo de Mariana, Fábio Krauss, disse à reportagem que também se emocionou com a imunização da filha. “Ela tomou a vacina Pfizer. Desde do ano passado, quando divulgaram a liberação da vacina no Brasil, ela já havia se emocionado muito. Hoje, chegou a vez dela”, comemorou o policial.

“Ficamos sem palavras para a alegria e a emoção da Mariana ao ser vacinada e encantados com a empatia, atenção e acolhimento da profissional que a vacinou. Fez toda a diferença. Depois, no cartão da minha filha, vimos o nome dela: Jorgina”, relatou ele. “Chorei bastante no momento da vacina e depois da vacina também”, completou a mãe.

Carteira de vacinação de Mariana

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