Janeiro Roxo: Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase no mundo;
No Janeiro Roxo, o planeta realiza diversas campanhas de conscientização e luta contra a hanseníase, doença infectocontagiosa em relação à qual o Brasil ocupa o segundo lugar mundial em número de casos. Está atrás apenas da Índia, sendo que, em 2017, registramos 26.875 casos contra 126.164 da nação estrangeira. Os dados são da Organização Mundial da Saúde […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
No Janeiro Roxo, o planeta realiza diversas campanhas de conscientização e luta contra a hanseníase, doença infectocontagiosa em relação à qual o Brasil ocupa o segundo lugar mundial em número de casos. Está atrás apenas da Índia, sendo que, em 2017, registramos 26.875 casos contra 126.164 da nação estrangeira. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS). Na última década, foram quase 30 mil novos casos por ano no Brasil.
A hanseníase tem cura e tratamento gratuito. Mas sua evolução é lenta: os sinais e sintomas surgem gradativamente, sem causar coceira, dor ou desconforto.
“Essa característica insidiosa, associada às dificuldades no acesso da população aos serviços de saúde para um diagnóstico precoce, faz com que a doença continue sendo um grande problema de saúde pública no Brasil”, explica a médica dermatologista e Profa. Dra. Joanne Ferraz, do curso de Medicina do Unipê.
Entendendo a doença
A transmissão da doença ocorre pelas vias aéreas superiores.
“Para que uma pessoa venha a ter hanseníase, em geral é necessário um contato próximo e prolongado com uma pessoa com a forma ‘multibacilar’ (elevada quantidade de bactérias) da doença, além de uma susceptibilidade individual. Após o contágio, se passam em média dois a sete anos para as primeiras manifestações começarem a surgir”, diz Dra. Joanne.
A doença acomete a pele e os nervos periféricos: pode haver alterações sensitivas (dormências), autonômicas, como a diminuição do suor na área afetada, e motoras.
“Essas últimas podem ocasionar dificuldade para fechar os olhos ou deformidades em mãos e pés, prejudicando atividades como segurar objetos e até caminhar. Também há risco de surgimento de úlceras com difícil cicatrização, principalmente nos pés, dentre outras incapacidades”, coloca.
Por isso, é importante se atentar para o surgimento de manchas, lesões ou áreas da pele esbranquiçadas ou avermelhadas, ou a presença de dormência em mãos e pés.
“Em alguns casos, em virtude da dormência, a pessoa pode sofrer cortes ou queimaduras sem sequer perceber. Perda de pelos, inclusive das sobrancelhas, deformidade em nariz, nódulos em face, orelhas e no corpo também podem ocorrer”, completa.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é clínico e se dá pela observação dos sinais e sintomas característicos, mas o exame de “baciloscopia” de pele auxilia no diagnóstico e na definição da forma da doença.
“A procura pelo serviço de saúde não deve ser adiada, para que a recuperação seja a melhor possível”, salienta.
Iniciado o tratamento adequado, o indivíduo deixa de transmitir a doença para outras pessoas. Daí o diagnóstico precoce ser fundamental: assim, o tratamento será iniciado o mais breve possível, quebrando a cadeia de transmissão. “O tratamento envolve não apenas o uso da medicação específica pelo tempo adequado, denominada poliquimioterapia, mas também requer medidas voltadas para a prevenção e reabilitação das incapacidades que a doença traz”, finaliza Dra. Joanne.
Notícias mais lidas agora
- Gaeco e Bope cumprem ao menos 9 mandados de prisão contra organização criminosa em Campo Grande
- Bombeira Laika encontra corpo de idoso que desapareceu em Campo Grande no domingo
- Idoso tem dedo mutilado ao ser atacado por mulher com enxada na Vila Anahy
- Alerta de afogamentos continua: 10 já morreram em MS nas primeiras duas semanas de 2025
Últimas Notícias
Mais de 5 toneladas de drogas foram apreendidas durante 2024 em cidades do MS
Os entorpecentes estão avaliados em mais de R$ 180 milhões
R$ 700 pela sua íris? Entenda a prática em alta no Brasil e os perigos por trás dela
Projeto World, liderado pelo CEO da OpenAI, Sam Altman, recebeu críticas de especialistas
Rei dos flagras, campo-grandense faz plantões na Afonso Pena para ‘mostrar o que ninguém vê’
Já viu ele? Hobby de Elias tem chamado atenção e se destacado em Campo Grande
Rodada de quarta: estreia do Paulistão, torneio nos EUA, Copinha e mais
Futebol tem agenda movimentada nesta quarta-feira (15); confira onde assistir
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.