Com a pandemia do coronavírus e a recente perda de Paulo Gustavo, a morte ganha um peso maior na vida dos brasileiros e, de uma certa forma, do munto inteiro.

Pensar na morte pode ser delicado para algumas pessoas. Falar dela então… às vezes é proibido. Mas, segundo o psicanalista Júnior Silva, a fé pode ser uma boa ferramente no combate a esses medos, e até à própria morte.

“Quando incluímos a fé na vida, estamos trazendo a revogação do decreto que chamamos de fim que a ciência carrega, trazendo de volta o que todo ser humano deseja: Eternidade! A fé nos possibilita acreditar que o fim não existe, que as pessoas que morreram podem estar num lugar melhor com seu criador, no futuro poder reencontrá-las, ou até se preparando para uma nova vida que irá viver, mas independente da crença a fé faz acreditar que existe um futuro pós morte”, explica o psicanalista.

Conforto: fé vem trazer explicações que a ciência não traz

De acordo com dr. Júnior, as pessoas não querem o fim como resposta definitiva, e sim uma resposta que traga conforto para as próprias dores e daqueles que se foram. “Por este motivo, o apego da fé nos faz acreditar que, se ficamos em dívidas com a pessoa que partiu, ela pode ser resolvida pelo ser superior trazendo a indulgências das dívidas deixadas. O fim nunca foi nosso forte e a fé vem trazer explicações que a ciência não nos traz, então o apego à fé faz o fim se tornar começo e o começo uma nova jornada”, reflete.

Fé diminui risco de morte

“Sei que estamos falando de morte e fé, mas um trabalho do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia com quase 250 artigos de todo mundo concluiu que a prática regular da fé religiosa pode reduzir o risco de morte em 30%. Se a fé é capaz de reduzir o risco de morte em 30%, o que a fé pode explicar da ciência que diz que a morte é o fim?”, diz Júnior.

Ciência

Quanto à ciência, o psicanalista afirma que ela dá várias oportunidades de compreensões sobre muitos assuntos, mas quando se fala de morte é uma só: o fim. “A ciência não tem outra explicação, mesmo ela sendo tão dura para a compreensão humana, que não consegue ligar bem com a ideia do fim”, finaliza.