Na sua Loja, ‘Maria Brechó’, os preços podem variar entre R$ 3 e mais de R$ 180, dependendo da peça. “Tem vestido de R$ 5, três camisetas saem por R$ 15 e uma jaqueta de couro legítimo sai por R$ 180, tem roupa pra homem e mulher”, explica.
Quem compra em brechó?
No bairro Amambai, a proprietária do ‘Garage Brechó’ e organizadora do Coletivo de Brechós em Campo Grande, Val Reis, de 49 anos, também sentiu os reflexos da pandemia no movimento do seu comércio. No auge das contaminações, o movimento caiu cerca de 80%, mas hoje já esboça uma reação, com um aumento de 60%.
“Nos meses iniciais da pandemia, as pessoas não queriam provar as peças, tinham medo. Ficou muito ruim. Melhorou um pouquinho nos últimos dois meses, tem um fluxo maior de pessoas e elas perderam o medo de provar. Também estamos trabalhando com peças higienizadas”, disse ela.
No seu estabelecimento, são oferecidas peças masculinas e femininas, mas com foco nas roupas para mulheres. O público que mais procura o local, atualmente, é composto por jovens que buscam estilo e também por aqueles entre 35 e 50 anos que querem economizar.
“Existem dois tipos de pessoas que procuram o brechó: o que procura preço e o que procura estilo. Para quem procura estilo, a roupa do brechó é diferenciada, você não encontra em qualquer lugar, são peças praticamente exclusivas e o preço não importa tanto. Quem procura preço é mais por conta da crise, e esse público tem aumentado devido ao preço dos shoppings e lojas de calçados”, explica Val.
O retorno do funcionamento sem restrições de horário para as casas noturnas não surtiu um efeito direto nas vendas do local, mas a volta dos eventos e casamentos tem aumento as vendas de peças específicas. “Hoje uma menina queria roupa de festa, nos meses iniciais da pandemia eu vendi zero roupas de festa. Agora já voltaram a comprar ternos e vestidos para festas, eventos, casamentos e aniversários”.
No Garage Brechó, a peça mais em conta sai por R$ 5 e a média geral é de R$ 35.
Vendas aumentaram na pandemia
Fugindo do declive econômico causado pelo coronavírus, o ‘Brechó da Nivia’ passou por um processo de reinvenção e consegue manter as contas no azul, com o investimento maciço nas redes sociais. “Achamos que ia dar uma queda, mas nos surpreendeu bastante. Conseguimos manter e em alguns momentos vender mais. Já trabalhávamos com o Instagram, o grupo do WhatsApp e Facebook, mas intensificamos bastante durante a pandemia e também aprendemos a trabalhar com as redes, antes não dávamos tanta atenção”, disse o sócio proprietário Felipe Henrique, de 24 anos.
Com 13 anos de mercado, a empresa atende ambos os sexos, do mais humilde ao cliente que procura por roupas de marca e que normalmente tem entre 20 e 35 anos. A empresa é especializada no público feminino. “Durante a pandemia, nós vendemos mais roupas de ficar em casa, temos blusinhas a partir de R$ 5 e um colete de couro que era vendido na loja por R$ 780 e aqui está saindo por R$ 150. As pessoas estão procurando roupas baratas”, ressaltou Felipe.