O Carnaval 2022 em Campo Grande ainda não foi oficialmente confirmado, uma vez que equipes da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura), FCMS (Fundação de Cultura de MS) e Lienca (Liga das Escolas de Samba) estão analisando a possibilidade de fazer o evento no ano que vem, tendo em vista os avanços da vacinação no Estado. Mesmo sem o veredito ainda, as escolas de samba já estão se movimentando para que o tradicional desfile tenha um retorno triunfal.

Assim, posicionamento é unânime: as agremiações estão animadíssimas para a folia do ano que vem! Ao jornal Midiamax, o presidente da Liga das Entidades Carnavalescas da Capital, Alan Catharinelli, afirmou que o pedido dos desfiles já foi protocolado e está em análise.

“A gente protocolou o projeto porque as escolas de samba se preparam para o desfile com antecedência, se estruturam. Tivemos reuniões bem positivas e eles já sinalizaram o apoio, mas estão vendo maneiras de ver como vão fazer esse desfile”, disse Alan. O clássico desfile carnavalesco, se acontecer, está previsto para 28 de fevereiro e 1º de março de 2022.

Mesmo sem respostas definitivas quanto à realização do Carnaval em Campo Grande, as escolas de samba da Lienca estão com perspectivas positivas e já estão voltando com eventos para arrecadar fundos e engajar as comunidades. Uma dessas iniciativas é o projeto “MS Meu Samba” que oferece de samba gratuitamente para a população.

Para saber mais detalhes de como estão esses preparativos, o MidiaMAIS foi atrás de algumas escolas de samba para ver de perto como cada uma está se estruturando para o carnaval do ano que vem. Confira:

Catedráticos do Samba

A Catedráticos do Samba já começou a se organizar para o evento, mas está em um ritmo mais calmo em comparação aos anos anteriores. Ainda assim, os preparativos já começaram.

“A gente está trabalhando, mas um pouquinho devagar porque a gente ainda tem umas dúvidas para resolver. Mas as escolas já estão abrindo as portas, vamos fazer nossos eventos e, se Deus quiser, caminhar para o Carnaval 2022”, disse Marilene Barros, presidenta da escola.

Por lá, a equipe está preparando a sinopse do desfile, que será gravada em São Paulo. O tema da folia vai homenagear o cowboy Miltinho Viana, famoso pelos seus trabalhos na rádio.

Além disso, o atelier será aberto para mostrar as produções a partir do dia 15 de outubro. Marilene ainda reforça que os colaboradores da Catedráticos do Samba são as pessoas da própria comunidade.

Deixa Falar

“A gente está animado para celebrar a vida. Se o carnaval for feito no ano que vem, significa que a vida está voltando ao normal. Então, temos que comemorar isso depois de quase dois anos de pandemia”, é com essa empolgação que o Fracis Fabian, que está à frente da ‘Deixa Falar', reflete sobre o Carnaval de 2022.

Lá na escola, a comunidade está a todo o vapor com a preparação e protótipos das fantasias, bem como na elaboração dos eventos rumo à festividade. Equipe também vai lançar o samba-enredo, apresentação oficial do novo intérprete e da equipe do carro de som no dia 14 de novembro.

Para 2022, a aposta é no tema “Mo Jubá, A Força de Uma Raça”. Eles também já começaram a realizar eventos para arrecadar dinheiro. Fracis ainda destaca que a comunidade está bem adiantada porque tudo é feito lá, então equipe precisa de bastante tempo para deixar tudo pronto.

Unidos da Vila Carvalho

A realidade é quase a mesma na Unidos da Vila Carvalho, escola fundada em 1969. Segundo o responsável Wlauer Carvalho, os preparativos por lá estão acontecendo todos os dias, isso porque os preparos devem acontecer com antecedência para entregar um bom desfile em 2022.

Na Carvalho, produção está focada nos figurinos e na arrecadação de fundos para fazer o desfile.

Igrejinha

Na Igrejinha, os trabalhos nunca pararam. Durante os períodos mais críticos da pandemia, a realizou vendas delivery para arrecadar dinheiro para a festividade. Com a esperança do Carnaval 2022 se tornando cada vez mais realidade, o tema do desfile é o aniversário de 47 anos da Escola no próximo ano.

Além disso, já estão montando equipe de intérpretes, passistas e participantes. Enquanto isso, 60% do figurino foi comprado e guardado. Aos sábados, equipe faz ensaio de bateria e passistas. Na comunidade, também estão fazendo eventos, como almoços, para arrecadação de fundos.

“Como esse ano não teve, está muita procura. As pessoas estão procurando muito a escola para estar fazendo parte das coisas. Eu tô achando as pessoas bem empolgadas”, revela Dilson Arruda, presidente da Escola de Samba Igrejinha.