Delinha celebra a vida e completa 85 anos nesta terça, 7 de setembro

Pandemia trouxe dificuldades e cantora vende pen drive para sair do sufoco

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Cantora não está podendo fazer shows por conta da crise do coronavírus
Cantora não está podendo fazer shows por conta da crise do coronavírus

7 de setembro, feriado nacional em comemoração à Independência do Brasil, é também a data em que a dama do rasqueado faz aniversário. Nesta terça-feira, Delinha completa 85 anos de idade e seu legado continua a ser perpetuado na cultura sul-mato-grossense.

No Instagram, em sua conta oficial, a artista publicou uma foto e escreveu: “Um brinde à vida, que hoje me traz mais um ano! Agradeço a Deus e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro por meus 85 anos. Agradeço também o carinho de todos vocês”, declarou.

O filho, João Paulo, também prestou sua homenagem à mãe. “Parabéns!!! Minha mãe que amo pelos seus 85 anos. Que Deus e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro sempre te abençoem”, escreveu.

 
 
 
 
 
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Dificuldades

Há mais de 1 ano em casa e sem fazer shows por conta da pandemia, Delinha precisou encontrar um novo jeito de levar suas músicas para as pessoas. Considerada a Dama do Rasqueado em Mato Grosso do Sul, a emblemática cantora sertaneja está vendendo pen drives com sua discografia completa para vencer o sufoco.

Aos 85 anos de idade e detentora da maior discografia do Estado, Delinha não está saindo de casa por fazer parte do grupo de risco. Com o encerramento das apresentações, ela diz que sente muita saudade de estar com o público e emocionar fãs com sua voz. Além disso, mudanças impactaram muito na sua vida financeira.

“Sem os shows a gente não ganha. Fiz duas lives, uma nova experiência que eu não tinha feito. Foi muito gratificante as pessoas interagindo comigo pela Internet de toda a parte do mundo”, recorda. Com a ajuda do filho João Paulo, Delinha resolveu então colocar suas músicas em pen drives para vender ao público.

 
 
 
 
 
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Delanira Pereira Gonçalves

Delanira Pereira Gonçalves, a Delinha, é natural de Vista Alegre — distrito do município de Maracaju. Nasceu às 4h do dia 7 de setembro de 1936, uma segunda-feira. Em sua casa, moravam os pais, os avôs maternos e alguns tios. Delinha viveu ali até os 4 anos de idade e já cantava marchinhas como “oh, jardineira porque estás tão triste”, mesmo não conseguindo pronunciar todas as sílabas corretamente.

Em Campo Grande, o pai de Delinha construiu uma casa no bairro Imbirussu, no encontro da “Rua de Baixo”, com a “Rua de Cima”, que depois se tornaram, respectivamente, Avenida Bandeirantes e a Tiradentes. Ali, a família tocava um “bolicho”, armazém de secos e molhados. Algum tempo depois, a família se mudou para um pouco abaixo, no bairro Amambaí, na casa onde ela vive até hoje. 

 
 
 
 
 
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Com uma infância de grandes dificuldades financeiras, a dama do rasqueado sempre ajudou nas tarefas de casa e trabalhou vendendo os bolos que a mãe fazia. Mas, segundo ela própria, não faltava nada para viver. Estudou na escola das freiras e depois no “Estadual”, onde terminou o ginasial. Depois, para ajudar a mãe, já que esta havia se separado do pai de Delinha, aos 19 anos arrumou o seu primeiro emprego, em uma loja de roupas na Rua 15 de novembro, esquina com a Calógeras.

Nessa época, a cantora já estava noiva do primo Zézinho, que logo se tornaria o Délio, e com ela formaria uma dupla icônica para a música sul-mato-grossense. Foi com o noivo que aprendeu as primeiras notas musicais, permitindo que acompanhasse as canções tocando o seu violão.

Depois disso, tudo é história. Délio e Delinha, conhecidos como o “casal onça de Mato Grosso” gravaram 14 discos 78 RPM mais 19 LPs e mais 4 CDs. Délio morreu em 8 de fevereiro de 2010, em Campo Grande, MS, vítima de câncer de pulmão.

A dupla já se desfizera antes, e Delinha seguiu com sua carreira. Hoje, continua cantando e encantando o público sul-mato-grossense e brasileiro sendo, inclusive, redescoberta pelo público jovem, e voltando a ser referência da música regional.

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