A natureza privilegiada de se tornou um lugar atrativo por reunir belezas naturais e a possibilidade de praticar atividades como a escalada, em um só passeio. A proximidade entre Campo Grande e locais como Piraputanga e Bodoquena têm facilitado ainda mais a adesão à modalidade. Mas, para os praticantes da escalada, a prática se tornou um estilo de vida.

O fisioterapeuta Rodrigo Garcia Leite escala há cerca de um ano e meio. Ele conta que foi na escala que saiu da depressão. O ganhou uma nova dimensão na vida dele. “Comecei depois de uma fase bem pesada psicologicamente falando. Queria buscar algo para me completar. Hoje, a escalada deixou de ser um esporte para ser um estilo de vida. A gente faz isso praticamente todos os finais de semana”, conta.

Ana Paula Yamada, dentista de MS, também passou por uma redescoberta na escala.”Sempre gostei de esportes ao ar livre e alguns amigos que fiz na academia me convidaram para escalar na rocha, relembra. Frequentadora assídua de Piraputanga e Bodoquena, Ana Paula pontua as transformações que o esporte traz.

“Vejo a escalada como muito mais do que um esporte. Vejo como um estilo de vida mesmo. O esporte exige hábitos saudáveis, respeito à natureza e aos praticantes e um árduo trabalho de construção físico e mental. O esporte te dá a oportunidade de conhecer o mundo sob outra ótica, de outro ângulo, com uma vista muito mais bonita”, garante.

Opções

Na Serra de Maracaju, além de Piraputanga, os distritos de Camisão e também reúnem condições para a escalada, além de cenários de tirar o fôlego. Os destinos ficam a menos de 200 quilômetros da Capital. Já na Serra da Bodoquena, o município de Bodoquena, distante 260 quilômetros de Campo Grande, também reúne locais que possibilitam a prática.

Para quem não quer ir um pouco mais longe ou até mesmo conhecer o esporte, uma alternativa é a Zion Move, em Campo Grande. No local, é possível praticar o montanhismo, por meio da escalada, de forma indoor, o que permite que os praticantes aprendam e aprimorem as técnicas necessárias para encarar as rochas em segurança.

“Aqui, é um meio para o fim. Temos a preocupação de fazer a ponte. O fim seria a rocha, a montanha, a natureza. O montanhismo é muito amplo. A pessoa pode fazer uma grande subida ou uma travessia, por exemplo. Mas, para isso, é importante estar preparado fisicamente e dominar as técnicas necessárias”, pontua.

Além das montanhas

A escalada trabalha diversos músculos do corpo, exige bastante dos braços e pernas para subir paredões de rocha, gelo ou montanhas. “Para começar no esporte, o indoor é o melhor lugar. O praticante tem segurança para aprender as técnicas com calma, além de acompanhamento profissional, o que garante a redução dos riscos de lesões”, lembra Paes.

Edson lembra, ainda, que a escalada não é só para quem quer desbravar rochas e montanhas. Muitos alunos procuram o esporte apenas para melhorar o condicionamento físico e outros em busca de uma nova forma de lazer. “Hoje, nosso Estado está vivendo uma grande revolução dentro da escalada. Vários lugares estão sendo abertos”, pontua.