Coordenado por Moacir Lacerda, integrante do Grupo Acaba, o projeto “A Chama da Paz na América do Sul” reúne um extenso material que aborda a Guerra contra o , que ocorreu de 1864 a 1870. Ousada, a proposta é dividida entre a “Antologia Musical”, com impressionantes 226 faixas, e a “Antologia Literária”, com 86 áudios de várias personalidades ligadas à literatura do Estado.

Considerado o mergulho mais profundo já realizado em território brasileiro sobre a Guerra do Paraguai, “A Chama da Paz na América do Sul” conta com mais de 300 MP3s, com praticamente todos os nomes da música sul-mato-grossense participando de alguma forma do projeto.

Criador e diretor-geral da obra, Moacir Lacerda explica o objetivo da antologia. “Este trabalho é uma maneira de chamar a atenção para os 150 anos do Tratado de Paz entre Brasil e Paraguai em 2022 e motivar uma maior integração não só com nossos hermanos paraguaios, mas com todos os artistas da América do Sul”, afirma.

Destaque

A “Antologia Musical” conta com mais de 200 faixas, das quais se destacam 22 composições inéditas do Grupo Acaba, sendo a maioria assinada por Moacir Lacerda com parceiros ligados à literatura, como Raquel Naveira, Guimarães Rocha e Rubênio Marcelo, e também com os colegas acabenses Luiz Porfírio, Douglas Santos, Vera Gasparotto, Luiz Sayd e Tião César.

Grupo Acaba completa 50 anos de atividades em 2022 (Foto: Divulgação)

Estas músicas são equivalentes a um novo disco do Grupo Acaba, e retratam várias passagens marcantes da Guerra contra o Paraguai que aconteceram no território de Mato Grosso do Sul. “Destacamos lugares importantes, como o Forte Coimbra, operações militares representativas, como a Retirada da Laguna, e homenageamos combatentes indígenas e nordestinos”, ressalta Moacir.

Antologia Literária

O projeto também disponibiliza, além das músicas, áudios de 86 convidados dando seus depoimentos sobre diversos assuntos, em uma espécie de seminário sobre temas que relacionam a Grande Guerra com Mato Grosso do Sul, desde a posição geográfica até as relações estabelecidas pela população que se mistura na fronteira.

Todas as faixas da “Antologia Literária” têm como introdução o canto de alguma ave habitante do Pantanal. O encarte da antologia também traz a ficha técnica de todas as faixas, com os compositores, os músicos que participaram da gravação, os estúdios que foram gravados, os assuntos abordados na parte literária e os respectivos convidados.

Um marco

“A Chama da Paz na América do Sul” é um dos mais profundos mergulhos na história do maior conflito militar do continente. O projeto marca também o 22º lançamento inédito do Grupo Acaba, que em 2022 completa 50 anos de atividades.

“Estamos muito contentes em abordar um assunto que faz parte da construção da nossa nação brasileira. É um marco para mim como compositor e pesquisador musical, além de expandir o raio de ação do Grupo Acaba, que agora canta não só o Pantanal, mas a América do Sul”, destaca Moacir.