“Fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar”. É com esse clichê que grande parte da classe artística de Mato Grosso do Sul fala sobre a atual situação da carreira, mesmo com a chegada do novo ano. A esperança de novos rumos e ares ainda parece distante para àqueles que ganham a vida proporcionando entretenimento do público.

O produtor Flávio Rena é um dos profissionais que está esperando pela . Somente com a chegada da dose no Brasil é que, segundo ele, as coisas vão começar a melhorar

“2021, para nós, só começará de verdade após a vacina. Aonde será a partir daí liberados os eventos.”

A vontade acumulada do público em participar dos eventos também pode ser, de acordo com o produtor, o combustível para que a classe decole.

“Esperamos recuperar todo esse tempo até meados de 2022. Grandes shows acumularam e entraram primeiro na fila. Mas, agora, é momento de investir em lançamentos nas plataformas.”

Opinião compartilhada com a de Nelinho Karkará, integrante da banda de rock Tonho Sem Medo.

“Acredito que só chegando a vacina. Por mais que seja liberado lotação pela metade e algumas restrições, a galera ainda sente receio. É um negócio novo, que nossa geração nunca tinha passado por isso.”

O músico ainda explica que alguns companheiros de profissão conseguiram fazer outras atividades para levantar renda, mas ainda existe quem estejas passando por verdadeiros apuros.

“É um ou outro que consegue serviço por fora, é uma via complicada que estamos passando. Qualquer opinião devemos nos colocarmos no lugar no outro. Acredito que quando voltar, volta com força total. A esperança é essa e estamos nos preparando para isso. Devemos liberar novidade da banda esse mês de janeiro, mas o horizonte meu é isso, quando a vacina chegar o negocio começa a andar melhor.”

Classe artística de MS segue 'na mesma' para o novo ano
(Banda Misbehaviour)

Gilson foi um dos músicos que conseguiu empreender durante a . Prestes a inaugurar o pub “vibes”, em , o integrante da Misbehaviour acredita que pode até existir uma mudança drástica de cultura, mesmo com a chegada da vacina.

“Tocamos em , uma live bem bacana e depois fomos tocar em um bar. Você observa que se você quiser romper muito essas barreiras (das restrições), quiser tocar, por uma parcela da sociedade você é muito mal visto e quando acontecer um retorno pode existir até um boicote por parte de quem se sentir ofendido.”

O músico ainda diz que não sabe como será o retorno da banda aos palcos, daquele velho jeito: com e empurra-empurra.

“A gente não testá brincando só com o vírus e sim com a vida de muitos. Mesmo que venha a vacina vai existir o medo da aglomeração. Pode existir uma mudança muito drástica de cultura. Acredito que sem vacina, pode existir retorno, mas vai ser fraco.”