De 10 irmãos, seis mulheres sempre foram muito próximas. Com o falecimento súbito da irmã Maria Celeida em 2018, conhecida como matriarca da família, o impacto foi grande. Maria sempre foi a responsável por proporcionar os encontros e a aproximação da família Roda. Pensando nisso, as cinco irmãs decidiram se aproximar ainda mais, e seguir o legado deixado por Maria.
Foi quando, quase por acaso, surgiu o “Chá das irmãs”. A intenção era reunir as cinco irmãs, cada mês na casa de uma, com direito a muita conversa e lembranças da infância. No chá, todas levam um prato de comida e, no fim de cada comunhão, a anfitriã daquele mês presenteia as demais com uma lembrancinha. A família toda ‘comprou’ a iniciativa das irmãs, que conta até com ‘banner’ e xícaras personalizadas com o nome do encontro.
Em fevereiro de 2020, elas perderam o pai, que tinha 94 anos e participava assiduamente das tardes em família, e em março chegou a pandemia. Por isso, o chá presencial teve uma pausa forçada, voltando a ser realizado há alguns meses.
“É um momento muito especial e gostoso porque nós passamos o mês inteiro na expectativa do dia do chá chegar, é importante ter esses momentos em família, nos aproximou ainda mais”, disse Maria Felipa, uma das irmãs.
Do chá para o avião
Assim que voltaram a se reunir, as irmãs tiveram a ideia de fazer uma viagem, já que a última edição do ano é sempre especial. Empolgada, Maria de Fátima, de 59 anos, disse estar muito feliz por compartilhar esse momento com suas irmãs, pois ela não conhecia a praia e nunca viajou de avião antes.
Elas embarcaram na última quarta-feira (3) para Natal, e pretendem fazer o chá na praia.
“Estamos muito felizes e realizadas. Quem sabe ano que vem não fazemos o chá em uma cidade do exterior”, disse a caçula Marluce Roda.