Campo-grandense explica por que toma tereré no copo Stanley: ‘a gente critica o que não conhece’

Febre em MS, copo polêmico tem versão para tereré e divide opiniões

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Empresário Rafael Zago é formado em Arquitetura
Empresário Rafael Zago é formado em Arquitetura

Moda geral em bares, botecos e publicações nas redes sociais, o copo Stanley virou mania e seus usuários não deixam mais o utensílio em casa, carregando o mesmo na bolsa e levando para qualquer lugar, seja para beber água, cerveja ou até mesmo tereré. Sim, agora até para tereré o objeto tem sido usado.

Quer dizer, quem vê sem conhecer não decifra de cara que não é o mesmo copo, mas sim a tal da “cuia térmica Stanley”, que seria a nova febre entre os tererézeiros locais. O empresário Rafael Zago é um desses adeptos e explicou ao MidiaMAIS o porquê do uso do recipiente para a tradicional bebida sul-mato-grossense.

Foi durante uma pescaria que o criador de conteúdo para as redes sociais descobriu a existência da peça. “Meu amigo tinha, e eu tava usando a bebida com conservante, a espuma que envolve a garrafa. Enquanto a dele ficava gelada um tempão, a minha esquentava rápido. Mesmo no sol, ficava gelada”, conta.

Cuia apropriada para a bebida típica (Foto: Rafael Zago)

Observando a funcionalidade, ele decidiu testar a utilidade do produto com o típico tereré. “Eu falei ‘cara, se conserva a bebida, a cerveja gelada, eu vou botar [o tereré] nesse copo aqui e vamos ver’. Só que o copo de cerveja é muito grande, e aí foi erva pra caramba, mas, assim, funciona. Só que a mesma marca tem uma cuia térmica, que é apropriada para chimarrão e para tereré. Eu acredito que tenha sido feita mais para o chimarrão, mas aqui a gente toma tereré, né”, diz o empresário.

Ele ainda explica a diferença entre tomar a bebida em uma guampa tradicional ou no copo de alumínio, para a cuia térmica. “Faço o tereré e apenas eu tomo, quando fico um tempo sem tomar, sirvo novamente e o tereré não fica amargo e nem quente. Entendeu? Esse é o porquê eu uso ela. Não é pra fazer modinha, nada a ver com “se aparecer”, é simplesmente pelo fato do trem funcionar mesmo, e pra mim é útil. Simples assim”, afirma.

Nos stories, empresário se sente a vontade para aparecer com o objeto (Fotos: Reprodução)

Rafael conta que nunca foi criticado e reitera. “Eu uso pela funcionalidade, não porque tô me exibindo. Sempre faço postagens de tereré, mas nunca deixei uma fixa com o copo Stanley pra não dar esse ar de que estou me aparecendo”, garante.

“Conheci a cuia térmica através de alguns amigos, eu nem sabia que existia. E tinha o pensamento: ‘ah, que frescura é essa né velho? Pô, tereré… tem que tomar no copinho de alumínio ou na guampa. Como você vem com esse copo [Stanley] aí e tal?’. Isso foi até eu tomar. Na hora que eu tomei, falei ‘eita cara, é bão mesmo, hein’. É aquela coisa, a gente critica muitas vezes o que a gente não conhece. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo”, finaliza o produtor de conteúdo que bomba no TikTok e no Instagram com vídeos de ideias na linha do “Faça Você Mesmo”, disponíveis no @rafaelzago.

Tereré é companheiro do empresário em seu trabalho (Foto: Arquivo Pessoal)

Fama 

Recipiente que mantém a cerveja gelada por mais de quatro horas? É com essa proposta que o copo Stanley tem feito o maior sucesso em todas as partes do Brasil, e Mato Grosso do Sul inteirinho não fica de fora. Por ser um artigo caro, o Stanley se tornou sinônimo de status e é item obrigatório da ‘modinha’ no boteco, além da briga discutindo a utilidade do objeto, tanto pessoalmente quanto na internet, render muitos memes.

Na web, em lojas especializadas ou tradicionais, o copo chega a ser encontrado por até R$ 310 reais. Já a caneca, que vem com abridor de lata, desponta custando R$ 999 reais em alguns sites revendedores. O valor exorbitante é de arregalar os olhos e muitos se questionam como alguém tem coragem de pagar esses preços em simples recipientes para bebida.

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