O cineasta Givago Oliveira, de 40 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (15), em Campo Grande, após sofrer complicações no pulmão em decorrência da . Ele estava internado na Santa Casa desde a última quinta-feira (8) tratando da doença, mas não resistiu ao vírus.

Conhecido na capital por retratar a história através de belos documentários, um dos seus trabalhos mais reconhecidos é a obra “T'amo na Rodoviária”, que aborda sobre a Antiga Rodoviária de Campo Grande.

Na época, ele trabalhou ao lado de Mariana Sena para a realização do documentário. Ela contou ao Midiamax que foi o último trabalho deles juntos. Amigos e parceiros de carreira, a dupla é responsável pelo Cineclub Transcine de trânsito.

“Givago era apaixonado pelo cinema, pelas pessoas. Sempre com a intenção de mostrar o melhor e o pior do ser humano. Temos qualidades e defeitos, mas o importante é enxergar o outro. Ele sabia fazer isso. Tinha sempre ideias maravilhosas… um sonhador e realizador incrível”, recorda Mariana.

Mariana Sena e Givago (Foto: Arquivo Pessoal)

 

A produtora Carol Garcia também prestou homenagens ao colega. “Hoje perdemos Givago Oliveira, por Covid 19. Ativista de causas difíceis como redução de danos em adicção, saúde mental, e tantas outras… Diretor de cinema formado pela Usp (faço questão), fazia conexão entre a arte do audiovisual e seu ativismo. É co fundador de um importante coletivo nacional, o Matilha Cultural em SP, entre outros como o T'Amo na Rodoviária. Formou-se há pouco em Serviço Social e estava construindo o Fórum Estadual de Usuários da Saúde Mental, já que o MS é o único estado que ainda não tem…entre outros projetos necessários”, disse ela. 

Nas redes sociais, amigos e familiares lamentam a morte do cineasta. “Givago era um ser pensante, pura intelectualidade, dono de uma racionalidade ímpar, me ensinou sobre arte, sobre a vida, sobre posicionamento, sobre quem devemos ser”, disse um seguidor.

“Hoje perde mais um grande artista e da nova geração ainda por cima. O amor e o talento do amigo Givago Oliveira pelo cinema era nítido durante suas palestras, uma delas tive a oportunidade de assistir no primeiro ano de faculdade”, escreveu outro.