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Além do beabá: escolas devem incluir as habilidades do aluno do futuro na educação

Conheça um pouco sobre cinco dessas habilidades
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Mudanças constantes, avanço da tecnologia e diferentes perspectivas e desafios para o futuro faz com que o modelo tradicional de educação – aquele em que os alunos ficam enfileirados escutando os professores falarem — seja repensado. Para além do beabá pré-formatado, as escolas precisam preparar os estudantes de forma integral, para que eles possam ser autônomos e lidem melhor com o inédito.

“O problema desse modelo é que justamente ele não prepara para esse inédito. Ou seja, vai de alguma maneira acostumando o estudante de tal forma que um momento de avaliação o aluno apenas repete o que lhe foi passado, sem uma criticidade própria do conteúdo. Ele fica muito dependente de alguém que chegue e de alguma forma explique o mundo pra ele”, explica Tania Fontolan, diretora pedagógica da Somos Educação. 

Para a especialista, essa falta de autonomia e criticidade é prejudicial para a vida social e o futuro desses estudantes. “Quando ele vai depois pra vida social, em que não tem um professor para traduzir o mundo, ele pode ficar sem saber se colocar, buscar novas informações ou entender como incorporar as novidades na sua estrutura mental porque ele acabou sendo de alguma “treinado” para repetir e não criar”, acrescenta.

Falta de autonomia dos estudantes é prejudicial para aprendizagem, explica Tania Fontolan, diretora pedagógica da Somos Educação. FOTO ACERVO PESSOAL

 

Ao ensino sobre escrita, leitura e resoluções matemáticas, ciências humanas e exatas é necessário também trabalhar algumas habilidades que contribuirão para o desenvolvimento integral dos estudantes, como inteligência emocional, alfabetização digital e postura empreendedora. 

Abaixo, confira cinco habilidades necessárias para o aluno do futuro.

Alfabetização digital

Com forte presença na rotina dos estudantes, a tecnologia é uma aliada do desenvolvimento pleno dos alunos. Para isso, no entanto, as escolas devem não apenas apresentar ferramentas tecnológicas, como também apontar direcionamentos para que saiba usá-las. 

“Alfabetização digital diz respeito a desenvolver a capacidade do aluno usar as ferramentas digitais para encontrar, avaliar, criar e compartilhar conteúdos. Assim como, usar essas ferramentas para resolver os seus problemas com responsabilidade”, explica a especialista.

Tania também destaca que a alfabetização digital é fundamental para os estudantes aprendam a melhor lidar com as informações, sabendo encontrar fontes confiáveis na internet, evitando cair em armadilhas, como fake news. 

Inteligência emocional

O ambiente escolar muitas vezes peca em tentar criar “alunos crânios”, super desenvolvidos em uma área, mas deficitários no quesito emocional. “Hoje se o individuo for uma sumidade em um determinado assunto, mas não souber trabalhar de maneira colaborativa ele pode não chegar longe”, opina a diretora pedagógica. 

Nesse contexto, entra o desenvolvimento da inteligência emocional. Ela é responsável por fazer com que o aluno possa reconhecer e lidar com suas emoções, saber reconhecer e respeitar opiniões e visões diferentes das suas, além de saber analisar o contexto para tomada de decisões. 

Capacidade de resolução de problemas

Essa característica não é sobre apenas resolver problemas e equações matemáticas. A habilidade de resolução de problemas atrelada à educação diz respeito a saber usar de estratégias para resolver adversidades e enfrentar o inédito. Novamente, a especialista toca no quesito autonomia em que o estudante não necessite de um professor ditando o que deve ser feito. 

“É ser justamente capaz de identificar o problema e de buscar soluções pra ele. Isso mobilizando tanto o seu conhecimento conceitual, como também ferramentas pra buscar solução pra coisas inéditas”, destaca. 

Postura empreendedora

Trabalhar a postura empreendedora vai além de ensinar sobre criação de negócios, embora essa habilidade beba da fonte disso. Mas, na educação, isso também é pensado sobre como os alunos organizam seus comportamentos e atitudes para tirar o melhor de si.

“É a ideia mesmo de, digamos, de quem tem uma postura ativa e de quem tem uma postura passiva. O passivo é um eterno dependente das vontades de outros. O ativo é capaz de construir o seu caminho e as suas soluções. A postura empreendedora tem a ver com uma atitude de não se contentar com aquilo que está dado”, compara Tânia. 

Flexibilidade cognitiva 

Por fim, a flexibilidade cognitiva no ensino é fazer com que os alunos possam ser pessoas que melhor se adaptem a novos conhecimentos ou que não estudem pensando em seguir apenas um caminho A ou B. “E sobre não parar no tempo, mas ser capaz de ter uma aprendizagem contínua. Eu lincaria muito com uma ideia mesmo de criatividade. Ou seja, não é só você ser capaz de lidar com o novo, mas de também criar novas coisas”, conclui a diretora pedagógica.

 

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

 

 

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