Violeiro Ivo de Souza se foi há 1 ano, mas deixou marcas eternas em MS
Uma história repleta de bons causos e uma trajetória marcada pelo amor à música raiz sul-mato-grossense. Ivo de Souza sempre foi um apaixonado pela viola e, de coração aberto, criou os 3 filhos em terras campo-grandenses. Ao longa da vida, o violeiro se tornou um dos nomes mais tradicionais do chamamé e teve a carreira […]
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Uma história repleta de bons causos e uma trajetória marcada pelo amor à música raiz sul-mato-grossense. Ivo de Souza sempre foi um apaixonado pela viola e, de coração aberto, criou os 3 filhos em terras campo-grandenses. Ao longa da vida, o violeiro se tornou um dos nomes mais tradicionais do chamamé e teve a carreira interrompida, após um grave acidente de carro, em 19 de outubro do ano passado.
Um ano após a partida repentina de Ivo, os 4 filhos (Hilda, Gilberto, Isabelly e Lidiane), netos e a bisneta carregam os ensinamentos e exemplos que o músico era desde jovem. Colecionador de prêmios e especialista em fazer os outros sorrirem, o violeiro valorizava a família e costumava deixar boas lembranças por onde passava.
A caçula, Isabelly Rodrigues de Souza, de 14 anos, ainda está engatinhando no meio musical. O mais incentivador? o pai. A jovem gostava de cantar com Ivo desde pequena, mas foi há cerca de 3 anos que começou a se arriscar pelos microfones a fora.
“Eu saía muito com ele e ele sempre me dava a oportunidade de dar uma palhinha”, lembra.
Também repleta de boas lembranças, a filha Hilda Fernandes de Oliveira Gonçalves, de 47 anos, tem pendurada na sala de casa a viola, parceira de todas as horas de Ivo. Após a morte da esposa, em 2017, o músico decidiu ir morar com a filha e os netos. Eram nas primeiras horas ao acordar que ele deixava o papel de músico de lado para dar lugar ao avô doce e carinhoso que levava as crianças até o ponto de ônibus para irem ao colégio.
A história de amor entre Ivo e Eraci, iniciou em 1970, e gerou Hilda e Gilberto como fruto do matrimônio de 47 anos. Cerca de 6 anos depois, o violeiro retorna a carreira musica e chega a participar de alguns festivais como compositor. A carreira do músico foi tão consolidada em Mato Grosso que ele chegou a ser tema de trabalhos escolares.
Foi no “3 Festão”, em terras pantaneiras, que ele assumiu o nome artístico de “Ivo de Souza” e conquistou o 3 lugar com a música “Terra Nua”. Anos depois, conheceu Florito e montaram a dupla “Ivo de Souza e Florito”. Depois da morte do companheiro musical, Ivo decidiu prosseguir no meio e continuou fazendo shows pelo Estado.
Em 1988, foi convidado para participar do festival da grande festa tradicional do Peão de Barretos e chegou a alcançar o primeiro lugar como intérprete da música sertaneja de raízes. A canção “Velho Pianga”, também conquistou o pódio, ficando em 2 lugar, no ano seguinte. A partir daí, o músico volta a tocar com o primo Janguinho e chegam a gravar 4 CDs. Em 2000, ganhou novamente o 1 lugar na festa do Peão de Barretos interpretando a música “O último troféu”.
Todos os feitos e prêmios do pai são guardados com carinho pela filha Hilda. A assistente social acredita que Ivo de Souza é um nome que jamais será esquecido na música raiz de Mato Grosso do Sul.
“Meu pai contribuiu e muito para a cultura do Estado. Levou a bandeira e o nome de Mato Grosso do Sul para todo Brasil. Ele foi e ainda é muito respeitado e amado. Após o falecimento, eu enviei CDs dele para todas as regiões do país”.
Ivo de Souza carregava a viola no momento que sofreu o acidente fatal, há um ano. Com o impacto da batida, o instrumento musical ficou danificado. A filha decidiu restaurar e emoldurou a viola e o chapéu do músico na sala da casa onde moram.
Por conta da criação “chucra”, a família não tinha o hábito de abraçar e nem dizer “eu te amo”. Somente em maio, Hilda conseguiu deixar a vergonha de lado e demonstrar, em palavras, o quanto amava o pai.
“O meu amar sempre foi de atitudes, de fazer as coisas e amar calado. Nunca ter abraçado meu pai estava me incomodando então um dia cedo eu falei o tanto que o amava.”
O querido neto Gabriel Oliveira, filho de Hilda, também se apaixonou pela música. Companheiro e braço direito, o jovem era o “grude” do músico e ajudava a carregar a viola por onde Ivo se apresentasse. Gabriel chegou a tocar cajon junto ao avô e não escondida a gratidão de estar perto do “ídolo”.
Fernandinha é a mais nova da leva da família do violeiro. A bisneta, é neta de Gilberto, único filho homem. A pequena estava presente no último churrasco promovido pelo violeiro, em 2018, na chácara. A filha conta que Ivo amava a família e não perdia a oportunidade de reunir todos. Para ela, o que fica são os bons momentos e a imagem eterna de um maravilhoso pai e avô.
“Ele me ensinou a honestidade. Me ensinou a valorizar a família, a união.”
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