Perfil na internet denuncia ‘teimosos’ que escapam do isolamento em Campo Grande

Um perfil polêmico criado no Instagram, nesta quarta-feira (15), já está dando o que falar em Mato Grosso do Sul. Na primeira postagem do @vacilosdocoronaem_cg, os administradores dizem que criaram a conta com o intuito de “expor” o amiguinho que não está cumprindo de forma correta a quarentena. O comunicado ainda explica que vai divulgar […]

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Um perfil polêmico criado no Instagram, nesta quarta-feira (15), já está dando o que falar em Mato Grosso do Sul. Na primeira postagem do @vacilosdocoronaem_cg, os administradores dizem que criaram a conta com o intuito de “expor” o amiguinho que não está cumprindo de forma correta a quarentena.

O comunicado ainda explica que vai divulgar as fotos, de forma anônima, dos moradores da Capital que “acham lindo ficar postando foto bebendo com os amigos em casa, colocando a segurança de muitas pessoas em risco.”

Vale lembrar que, na última segunda-feira (13), Mato Grosso do Sul registrou o pior índice de isolamento do mês de abril, apenas 40,7% das pessoas se mantiveram em casa em todo o estado. Em nível nacional, MS é o segundo estado com maior desrespeito das medidas de isolamento social.

Em poucas horas no ar, a conta já publicou foto de jovens reunidos no meio da rua e também de um grupo de amigos, aparentemente se divertindo em casa. Os stories também são usados pelos administradores para compartilhar publicações de campo-grandenses. Registros de festas organizadas em casa com tereré e narguilé também já foram expostas na plataforma.

Riscos em MS

O médico infectologista e professor da UFMS Rivaldo Venâncio da Cunha explicou, em entrevista na Rádio Brasil Atual, que a falta de isolamento social pode resultar em problemas graves no futuro. O especialista também ressaltou que as possibilidades de contágio são maiores a partir do próximo mês.

“O período em que ocorre uma baixa na temperatura e um clima mais seco é no começo de maio e o Mato Grosso do Sul ainda vai enfrentar esse período, onde a maior parte das doenças respiratórias acontece. Pagaremos um preço muito caro por esse relaxamento nas medidas de proteção individual e coletiva”, alertou ele, em conversa com os jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria.

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