Vento Seco: filme com Ator Leandro Faria estreia no Festival de Berlim
A árdua caminhada no caminho das artes, viver esta agridoce vida em uma sociedade onde pouco se investe em cultura, apostar em um sonho arriscado e não esmorecer com as dificuldades enfrentadas nesse trajeto não é mole. O amor ao ofício conta muito quando se investe tempo, dedicação e dinheiro em algo que se acredita […]
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A árdua caminhada no caminho das artes, viver esta agridoce vida em uma sociedade onde pouco se investe em cultura, apostar em um sonho arriscado e não esmorecer com as dificuldades enfrentadas nesse trajeto não é mole. O amor ao ofício conta muito quando se investe tempo, dedicação e dinheiro em algo que se acredita verdadeiramente.
O prazer de ver um espetáculo teatral montado, o público interessado, um filme em uma grande tela, conquistar personagens instigantes, são alguns dos louros colhidos, que alimentam a alma de um artista. As recompensas desta luta cotidiana ganha vida, um gás a mais, quando uma produção é reconhecida, ganha asas e voa para lugares, às vezes, inimagináveis, como aconteceu com o Ator sul-mato-grossense, Leandro Faria.
Há 20 anos exercendo a carreira de Ator, Diretor e Produtor, uma bela notícia revela o reconhecimento sobre um de seus trabalhos mais recentes. Protagonista do filme “Vento Seco”, do Diretor Daniel Nolasco, a produção cinematográfica foi selecionada para a Mostra Panorama, no conceituado Festival de Berlim, na 70ª edição, que acontece a partir do dia 20 de fevereiro a 1º de março, na capital alemã.
Nascido em Três Lagoas e criado em Paranaíba, MS, Lelo (como também é conhecido) desde criança cultivou o interesse por atuação e, intuitivamente, por criação de peças de teatro, de cenas de novela e tudo mais que envolve o mundo das artes cênicas. “Aproveitava qualquer oportunidade na escola pra expressar essa habilidade. Aos 17 anos fui pra São Paulo capital cursar artes cênicas na ECA USP e 3 anos depois ingressei na Escola de Arte Dramática, também na ECA USP. Estreei no teatro profissional no espetáculo O Rei Lear, de W. Shakespeare, ao lado do saudoso ator Raul Cortez, em 2000. Logo em seguida participei da novela Pequena Travessa, no SBT e diversos curta-mensagens”, conta.
Por alguns anos, o Ator trabalhou como DJ na noite paulistana e, em 2010, voltou para o MS, trazendo na bagagem seus sonhos, experiências e projetos artísticos à capital, onde trabalhou com oficinas de teatro. “Escrevi, dirigi e atuei nos espetáculos Inocência (inspirado no clássico de Visconde de Taunay) e Subcutâneo. Ainda como ator trabalhei com a Cia Ofit nos espetáculos 3,4° na Escala Richter e Pedra Bruta. Recentemente abri a Aura Casting, junto com as produtoras Filmadelas e Vaca Azul e fiz a produção de uma série pra TV sobre observadores de pássaros no pantanal, pela Set Vídeo Produções”.
No cinema de MS, o ator esteve presente nos curtas A TV está Ligada; Nós o(u)tros; A Vez de Matar, a Vez de Morrer; Não Me Lembro; O Amor e o Resto. E no longa Do Sul, a Vingança.
FILMES
Sobre “Vento Seco”, do que se trata?
É um filme sobre o amor e a paixão. Sandro, meu personagem é um homem pacato do interior de Goiás que vive uma vida rotineira e monótona, até a chegada de um personagem misterioso, que o tira desse lugar de conforto e o faz seguir por caminhos surpreendentes. Meu primeiro protagonista de longa-metragem veio em 2019, no filme Vento Seco, de Daniel Nolasco.
Como foi que chegou ao personagem, quais foram os desafios?
Desde a primeira conversa com o diretor eu quis muito esse papel, porque sabia que iria me desafiar e me fazer mergulhar por lugares dentro de mim nos quais eu nunca tive muita facilidade de me aventurar. É certamente o trabalho mais desafiador desses 20 anos de carreira, não só pela quantidade de cenas, que são praticamente todas do filme, quanto pela intensidade delas. Foram 4 meses entre preparação e filmagem, com uma equipe goiana incrível e um elenco maravilhoso formado por atores de várias regiões do país.
E quando soube da seleção para o Festival de Berlim, como recebeu a notícia?
E então essa surpresa, a seleção pra mostra Panorama, no Festival de Berlim, que é um dos mais relevantes do mundo, pro cinema. Estamos competindo com filmes belíssimos e, no meu caso, é inacreditável ver meu nome ao lado de protagonistas como a Elisabeth Moss, que faz a série Handmade’s Tale e estará nessa mesma mostra. Sem falar na honra que é poder representar o Brasil nesse momento em que o cinema nacional enfrenta tantos contratempos.
Quando poderemos ver o filme? Estamos ansiosos!
Ainda temos um longo caminho pela frente, essa é apenas a estreia do filme. Mas eu diria que, por esse começo, podemos esperar ventos muito favoráveis na trajetória desse longa-metragem. E eu só agradeço a todos os artistas com os quais já trabalhei e que me ajudaram a chegar aqui, porque essa nossa arte é coletiva. É difícil ser artista no Brasil. Mas todo o esforço vale muito a pena. E espero ainda voltar ao festival de Berlim com um filme daqui do Mato Grosso do Sul.
Que os louros de seu trabalho sejam amplamente reconhecidos, profissionais como você inspiram os amantes das artes dramáticas a sonharem mais. Parabéns, Lelo, desejamos que bons personagens, novos desafios e grandes oportunidades de mostrar seu talento nunca faltem. Merda, amigo!
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